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Cartões de lojas têm mesmas regras do cartão de crédito

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Cartões oferecidos em supermercados ou lojas possuem mesmas regras dos oferecidos por bancos - Foto: Susana Küster

É preciso cautela para usar cartões de crédito vendidos em supermercados ou lojas. Com a vantagem de ganhar descontos em mercadorias, os clientes adquirem os cartões e, algumas vezes, esquecem que possuem anuidade e limite. Além disso, se a fatura não for paga, há cobrança de juros.

O executivo do Procon de Lages, Júlio Borba, sugere que as pessoas não usem cartão de crédito se não sabem administrar o dinheiro. “Não adianta comprar, sem ter dinheiro, pois a fatura vai chegar”, alerta.

Há supermercados que possuem cartão somente para acumular pontos e para a troca por mercadorias. Nestes, não há a opção de comprar fora do estabelecimento, pois eles não têm a utilidade de crédito. E beneficiar clientes com uso de cartão próprio vendido pelo estabelecimento, não é ilegal.

Ele conta que muitas pessoas procuram o órgão, relatando que estão sendo cobradas com juros abusivos. “O problema é que tudo é acordado no contrato, não tem como mudar através do Procon. Só se a pessoa entrar com processo judicial”, explica.

Há algumas ações registradas no Procon sobre cartões feitos em supermercados. Uma delas é de uma pessoa, que pagou um valor maior do que o cobrado pela fatura com o intuito de liquidar a dívida mais rápido. “Porém, quem faz isso, faz o sistema de cartão entender que a dívida não foi paga e aí vem a cobrança de juros.”

Borba alerta para a chamada “venda casada”, que não é permitida por lei. Isso ocorre quando o cliente só consegue adquirir um produto ou pacote (no caso de serviços telefônicos ou de internet) se comprar mais algo. “Quando se compra pelo cartão da loja, há um desconto que não ocorre com outro cartão. Porém, é preciso lembrar que há encargos como taxa de anuidade.”

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