Essencial
Caçando assassinos em série
A essa altura você já deve ter ouvido falar que a Netflix lançou a segunda temporada de Mindhunter. Se ainda não assistiu e gosta de um suspense daqueles, trate logo de maratonar essa série que vai mexer muito com seu psicológico.
Baseada no livro “Mindhunter: O primeiro caçador de serial killers americano”, publicado no Brasil pela editora Intrínseca em 2017, a obra é um verdadeiro mergulho na mente dos mais perturbados assassinos em série.
A história da série acompanha Holden Ford (Jonathan Groff), um agente especial do FBI que ficou cara-a-cara com diversos serial killers norte-americanos, famosos por amedrontar, torturar e, principalmente, matar centenas de pessoas nos Estados Unidos. Holden, na verdade, é John Douglas, o verdadeiro caçador de mentes e agente responsável por “caçar” esses assassinos, além de autor do livro.
Crimes como de Wayne Williams, assassino central da nova temporada, e de outros personagens, como Dennis Rader, conhecido como BTK, David Berkowitz, Edmund Kemper e Tex Watson, são explorados na obra de John, e estão em evidência na segunda temporada da série da Netflix.
Mas o que chama mais atenção, em ambas as obras, livro e série, são as histórias retratadas de Charles Manson, Jeffrey Dahmer, Ted Bundy e Ed Gein. Assassinos que assombraram por muitos anos a população dos EUA.
No livro, por suas habilidades em se colocar tanto no lugar da vítima quanto no do criminoso, John recria cenas em detalhes intrigantes, traçando os perfis e prevendo passos de algumas das mentes mais perigosas.
E na série, não é muito diferente. Jonathan consegue ser fiel à história de John, mostrando a tensão e o clima desconfortável de se entrevistar serial killers como os já citados. Tanto nas páginas, quanto na tela, a intenção não é mostrar cenas de crimes, sangue ou violência, mas viajar pela mente dos assassinos e entender a motivação dos mesmos.
Livro e série foram bem recebidos pelo público, sendo ambos aclamados pela crítica. Não cabe aqui dizer ler um ou assistir outro primeiro. As obras se complementam, e valem cada página, cada minuto, respectivamente.