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Bispos italianos pedem confiança e garantem vigilância contra pedofilia
"A opinião pública e as famílias têm que saber que nós faremos de tudo para merecer sempre a confiança que geralmente nos dão, inclusive dos pais não católicos. Não economizaremos cuidados, controles e medidas, levaremos em conta qualquer sinal ou dúvida. Não renunciaremos, com todo o zelo, a nossa função educativa", disse Bagnasco à assembleia geral dos prelados italianos.
O cardeal dedicou a maior parte de seu discurso aos escândalos de pedofilia e voltou a expressar sua "amargura e raiva" pelos abusos de religiosos a menores.
Bagnasco expressou sua solidariedade com as vítimas "desses crimes odiosos" e disse que, embora eles possam se tratar de uma patologia, "são, seguramente, um pecado aterrorizante".
"Uma pessoa que abusa de menores precisa da Justiça, do cuidado e da graça, mas o perdão do pecado não sana automaticamente a doença, nem substitui a Justiça", acrescentou o cardeal.
O presidente da CEI destacou que o papa Bento XVI é "intransigente com qualquer sujeira" (na Igreja) e defende "a transparência e a limpeza".
"Dele, a Igreja aprendeu e aprende a não ter medo da verdade, mesmo quando ela for dolorosa e odiosa, a não calar ou ocultar", disse Bagnasco, que acrescentou que os ocorridos não significam que a Igreja tenha que sofrer "um descrédito generalizado".
Fonte: EFE / Divulgação