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Aumento dos combustíveis reflete na rotina dos motoristas
O que antes era considerado benéfico ao meio ambiente, agora é mais leve, também, ao bolso dos proprietários de veículos. A opção por andar de bicicleta, a pé ou de ônibus tem integrado a rotina de todos os brasileiros, inclusive os lageanos, que convivem com o aumento mensal, ou até semanal do combustível.
Além dos meios sustentáveis, há quem opte por um mais barato, como a moto. Marcos de Liz Pessoa, por exemplo, comenta que deixou o carro de lado para usar a moto em algumas tarefas e já sentiu a diferença no bolso. Juliana Marcia comentou em postagem do Facebook do Correio Lageano que o marido Juliano começou, nesta semana, a ir trabalhar de bicicleta devido ao aumento.
“Faz mais de cinco quilômetros para ir trabalhar todo dia. Até quando ele vai conseguir, não sei, que Deus nos ajude, ficar o dia todo caminhando pra lá e pra cá e ainda ter que pedalar pra vir pra casa é bem desumano”, frisou.
Juliano Marcio completou: “Quando o governo resolveu aumentar a passagem de ônibus em R$ 0,10, o povo que utiliza o transporte público saiu às ruas em defesa dos seus interesses. Agora, a gasolina aumenta toda semana, mas quem tem carro é porque tem poder aquisitivo para mantê-lo, então eles se aproveitam disso”.
“Se os motoristas saíssem às ruas também em sinal de protesto o governo adotaria outra medida. Infelizmente, o povo tem o governo que merece. Outubro está aí. Quero ver se todos esses que ficam falando um monte de coisas por aí vão mesmo fazer a diferença. Porque de nada adianta fazer todo esse alarme e na hora de poder mudar, colocar de volta toda essa corja no poder”, completou.
Os valores nas bombas, tanto da gasolina, quanto do diesel, já estão reajustados. A média de aumento da gasolina é entre R$ 0,10 a R$ 0,12 nos postos. A gasolina, varia entre R$ 3,99 a R$ 4,29.
A Petrobras anunciou o aumento na segunda-feira (26). Quem trabalha nos postos percebeu que os motoristas estão fazendo pesquisas e retornando, posteriormente, ao estabelecimento que tem o menor valor. Para o diesel, o reajuste foi de 1,213%, passando para R$ 1,8702. Nos reajustes anteriores, o diesel tinha diminuído 0,487%, depois de aumentar 2,068% na quinta-feira.
A gasolina subiu 0,761% em uma sequência de cinco aumentos. Na quinta-feira, foi anunciada majoração de 0,92%, no valor de R$ 1,6404. No anúncio de sexta-feira, a litro passou para R$ 1,6431, com aumento de 0,164% (na refinaria).
Segundo a Petrobras, o preço cobrado pela estatal corresponde a 46% da composição do preço ao consumidor do diesel. Na gasolina, o percentual da empresa é 27%.