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Aulas de canto começaram animadas
Sons de canto e de um teclado ecoam pelos corredores, salas e até para o lado de fora do prédio. Quem passa, no início da manhã, ao lado da Fundação Cultural de Lages, fica imaginando o que está acontecendo lá dentro. O som é agradável e acalma a mente. Quem iria imaginar, que os sons não são de profissionais e sim de 65 estudantes da rede pública de Lages.
Eles cantarão um repertório com músicas brasileiras, hebraica, inglesa e até caribenha, na quinta-feira (25), no Teatro Marajoara. São alunos das aulas de canto, que fazem parte da programação da 7ª edição do Festival Internacional Música na Serra, que começa neste domingo, às 20 horas.
Os ensaios começaram terça-feira (16), seguem até a próxima quinta-feira e têm duração de duas horas. A ideia é que eles não sejam cansativos, se caso os estudantes tiverem dificuldades para aprender alguma música, a maestrina Regina Kinjo, que veio de São Paulo, já muda para outra canção. “Não podemos perder tempo e eles devem gostar das aulas”.
Metade da turma, segundo ela, já fez parte dos outros anos do festival, e isso facilita no desenvolvimento das aulas. “E muitos dos que não faziam parte das outras edições, já participam de um coral. Eles estão muito animados, espero que continuem assim”.
Este ano, a maestrina quer inovar, trazendo uma música de origem hebraica, que se chama Vemer Atik. A escolha foi por conta do tema da canção, que é bem reflexiva e de agradecimento à vida. Além disso, ela permite incluir movimentos, desenvolvendo a coordenação motora dos estudantes. Regina também vai explicar sobre a cultura dos judeus para os alunos entenderem melhor o contexto da música.
A maestrina explica que os movimentos corporais, que serão incluídos na apresentação das músicas, não chegam a ser uma coreografia, pois não é uma dança. O objetivo dela é mostrar que a música também fala através dos movimentos e não só com as palavras e sons.
Música motiva a socialização e autoestima
Os irmãos Maria Luíza Ferreira, 16 anos, e Luiz Felipe Ferreira de Faria, 15 anos, já são fãs das aulas de canto. Há quatro anos, eles fazem parte das aulas do festival e também participam da Orquestra Soprano. Para Maria Luíza, se apresentar no evento é mostrar que todos os alunos têm potencial na música clássica. Ela percebeu que a cada ano se desenvolve mais no canto, além de que sempre aprende sobre culturas novas. “Com as músicas, aprendemos línguas diferentes”.
Seu irmão, Luiz Felipe, conta que adora cantar e interagir com todos. Ele analisa que sua voz desenvolve muito a cada edição do festival e quando percebe que melhora, se dedica mais ainda. “Gosto de cantar e de socializar com as pessoas”.