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Atendimento de pacientes está prejudicado
O comandante da 5ª Companhia de Aviação, tenente-coronel Antônio Fernando Pinheiro explica que o helicóptero Águia 4 não possui uma equipe médica do Samu exclusiva para o transporte de pacientes.
Por isso, quando é necessário encaminhar uma pessoa por helicóptero é preciso chamar uma equipe do Samu e devido a esse transtorno, a preferência é que a aeronave do Bombeiros atenda às ocorrências, pois eles já possuem esses profissionais exclusivos.
Enquanto o pessoal do Samu se junta ao helicóptero da PM, o atendimento terrestre é desfalcado. Esse é outro motivo que pesa contra a escolha pelo Águia 4. E quando há mais de um paciente precisando de transporte aeromédico ao mesmo tempo, tem ocorrido de um deles ter de ser transportado por ambulância e o atendimento demora bem mais, colocando a vida do paciente em risco.
Foi o que aconteceu neste fim de semana, quando uma adolescente e uma senhora de 60 anos precisavam do helicóptero. Ordens do comando das aeronaves lideradas pelos Bombeiros, foi de que o Águia 4 não poderia fazer o transporte. Dessa forma, a senhora foi encaminhada de ambulância por via terrestre e o adolescente pelo helicóptero dos bombeiros.
Porém, esse impasse será ajustado para que não aconteçam mais transtornos, segundo o comandante Pinheiro. Ele conta que nesta semana, haverá uma reunião para resolver o problema e firmar uma parceria com o Samu.
Afinal, o único problema que impede o atendimento seria a falta de profissionais do Samu, exclusivos para o Águia 4. O comandante diz que todos os equipamentos da aeronave da PM são os mesmos do helicóptero dos Bombeiros. “Até porque todos fazemos somente o transporte, o paciente é estabilizado para que chegue ao destino com segurança. Eles podem ter um alvará para o transporte de paciente, mas isso também podemos conseguir”.
Samu responde polêmica através de nota
A Gerência Estadual do Samu esclarece que há critérios técnicos para transporte e transferência de pacientes entre hospitais no Estado. Atualmente, há em Santa Catarina, por meio das aeronaves Arcanjos, mediante convênio e parceria estabelecida entre o Corpo de Bombeiros Militar e o Samu, dois aviões com equipes e suporte diário para este tipo de atendimento. Segundo a nota, transportar uma paciente instável com uso de helicópteros traria ainda mais riscos ao caso citado na matéria, que ocorreu no fim de semana.
Segundo a nota, quando não é possível usar alguma das aeronaves disponíveis, o transporte mais seguro é feito por via rodoviária, com uso de ambulâncias de suporte avançado. “Rotineiramente, estamos revisando e criando protocolos específicos para acionamento das aeronaves, inclusive o Águia da Polícia Militar, nos casos em que houver respaldo técnico e legal”, diz o documento.
“É inverídica a informação que o não acionamento da aeronave Águia da Polícia Militar, teria acontecido por rixas entre as instituições. Todo o trabalho e a responsabilidade de acionamento das aeronaves de transporte ou de socorro, no caso dos helicópteros, acontecem mediante competências técnicas e legais”.