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Após anos de reivindicações, asfaltamento da 1º de Maio pode acontecer

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Moradores se reúnem para apresentar reivindicações. Faixas expostas em frente aos imóveis revelam insatisfação - Fotos: Núbia Garcia

A Avenida 1º de Maio, que liga os bairros Coral e Caça e Tiro, passando pelo Caravágio, Popular e Várzea, é uma das principais vias do perímetro urbano de Lages. Apesar disso, uma parte desta avenida ainda não é pavimentada.

O longo tempo de espera parece estar perto de acabar, pois, de acordo com a Secretaria de Planejamento e Obras, a licitação e a entrega da ordem de serviço para esta obra devem acontecer ainda em 2019.

Por muitos anos, o asfalto existia apenas no trecho entre o cruzamento com a Avenida Dom Pedro II, no Bairro Coral, até o chamado “Morro da Semasa”, no Popular. Em 2015, a prefeitura asfaltou mais um pequeno trecho, desde a descida do morro até o cruzamento com a Rua Ylton Machado, no Várzea, nos fundos dos residenciais Aristorides Machado de Melo (Lili) e Argemiro Madruga (Madruguinha). Desde então, os moradores continuam cobrando para que o restante da avenida – cerca de 650 metros, seja pavimentado.

“Moro aqui há 10 anos e, desde quando vim pra cá, a promessa era de que sairia um calçamento ou asfalto, mas até agora nada. Os moradores mais antigos contam que a reivindicação vem de 20, 30 anos atrás. Estamos cansados de esperar,” comenta a assistente comercial Francieli Martins, 35 anos.

Os moradores contam que nos últimos anos o fluxo de veículos e pedestres aumentou consideravelmente no trecho não pavimentado. Este aumento se dá por causa da inauguração dos residenciais Lili e Madruguinha e, mais recentemente, em 2018, do Condomínio Ponte Grande. Este último, tem na Avenida 1º de Maio uma das principais vias de acesso, especialmente para quem se desloca do Bairro Coral em direção ao residencial.

Outra conclusão relativamente recente é o Centro de Educação Infantil Maria Conceição Nunes, inaugurado em dezembro de 2015. Desde então, diariamente, o número de pais e alunos que transitam pela região teve grande aumento.

Os moradores também se queixam da sinalização de trânsito, que no trecho não pavimentado é bastante precária. Na região próximo ao Ceim, há uma placa indicando que o limite de velocidade é de 40km/hora, o que, muitas vezes, não é respeitado pelos motoristas. Neste pequeno trecho, não há outras placas de sinalização, nem mesmo para indicar qual a preferencial nos cruzamentos.

“Tem muito carro que passa por aqui o dia inteiro, muitos em alta velocidade, porque não há placas de sinalização, nem lombadas. A avenida também é rota de duas linhas de ônibus [Rodoviária e Habitação]. A gente tá cansado! O pó está tomando conta, nossas crianças estão doentes, não dá mais para ficar assim”, afirma Francieli.

Além de grande movimento de veículos e pedestres, avenida é rota de duas linhas de ônibus municipal

Comunidade se organiza em busca de solução

Organizados, os moradores contam com um grupo de aproximadamente 10 pessoas que são responsáveis por levar as demandas referentes à avenida aos órgãos competentes. Contudo, eles destacam que sempre que alguma manifestação ou reunião acontece, a participação de boa parte da comunidade é efetiva.

No dia em que a reportagem visitou a avenida para fazer esta matéria, pelo menos 15 pessoas compareceram para apresentar suas reivindicações, e Francieli falou em nome de todos. Além disso, a fachada de diversos imóveis exibe faixas que foram colocadas como forma de protesto, com frases como “Chega de poeira, queremos asfalto”.

Na última quarta-feira (10), um grupo de moradores participou de uma reunião com o secretário de Planejamento e Obras, João Alberto Duarte, e não saiu satisfeito do encontro, pois não teve uma resposta efetiva.

“Fomos tratados de uma maneira um tanto grosseira, estávamos lá como cidadãos reivindicando uma solução para o nosso problema e a gente achou que foi tratado de uma maneira não muito correta”, reclama Francieli.

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Licitação e ordem de serviço ainda em 2019

As reivindicações dos moradores por asfaltamento já foram tema de matérias no Correio Lageano em diversas ocasiões. Em dezembro do ano passado, o então secretário de Planejamento e Obras, Claiton Bortoluzzi, informou que o projeto para pavimentação da Avenida 1º de Maio já estava aprovado, que dependia apenas de financiamento para ser executada e que a obra deveria acontecer ainda em 2019.

O atual secretário da pasta garante que as afirmativas se mantêm. Segundo ele, dentro de no máximo 70 dias a licitação estará concluída e, na sequência, será entregue a ordem de serviço. A estimativa inicial é de um investimento de R$ 1,5 milhão, com seis meses para conclusão do asfaltamento do trecho com 670 metros de extensão.

“Ainda não foi para o setor de licitações porque estão sendo feitas adequações ao projeto, para ver se a gente consegue reduzir custos,” argumenta João Alberto. Esta obra também integrará o programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), firmado entre a Prefeitura de Lages e a Caixa Econômica Federal.

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