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Aparelhos de ressonância e de tomografia quebram de novo

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Foto: Susana Küster

Depois de ficar quebrado por cerca de um ano e quatro meses, o aparelho de ressonância do Hospital Tereza Ramos não está funcionando novamente. O problema começou em junho, mesmo mês que o aparelho de tomografia também parou de funcionar. Há cerca de 5 mil exames de ressonância para serem feitos em Lages. Essas informações foram repassadas pela assessoria do vereador Lucas Neves (PP), que recebeu reclamações da comunidade, mas não foram confirmadas pela Secretaria de Saúde de Lages. 

A assessoria da Secretaria de Estado da Saúde informou que os pacientes internados no hospital e os que são atendidos pela Unidade de Alta Complexidade (Unacon) estão sendo encaminhados para clínicas particulares. Porém, os pacientes encaminhados pelo município, são de responsabilidade da prefeitura, inclusive, afirma a nota, há um contrato para isso. Em relação aos aparelhos quebrados, foi admitido que não há prazo para serem arrumados, apesar de uma empresa ter sido contratada para o serviço.

De acordo com a secretária municipal de Saúde, Odila Waldrich, havia um convênio, porém ele não foi mais assinado. São feitos, por mês, 400 exames de ressonância, através de clínicas particulares. “Há muita demanda de atendimento, as clínicas não conseguem atender tudo e nós não temos condições”. Em relação a tomografia, a secretária afirma que não há fila de espera, porque os prestadores de serviço dão conta da demanda. 

Um ano e quatro meses de espera

Gabriela Branco da Silva, 19 anos, é uma das pessoas que aguarda na fila para fazer ressonância. Ela espera pelo exame há 1 ano e quatro meses, sendo que precisa realizá-lo a cada seis meses. Como tem lordose, escoliose, fibromialgia, mialgia, polimiosite, dormência nas pernas e nos braços, câimbra, tem dor crônica e o exame seria para acompanhar seu quadro clínico.

Os problemas de saúde surgiram quando tinha 14 anos e ela chegou a ser afastada por quase dois anos, mas recentemente a médica perita do INSS, disse que ela tem que trabalhar, mesmo com dores e problemas de saúde crônicos. “Eu sai chorando de lá, ela me disse que nasci assim e não pode fazer nada por mim”. A adolescente toma medicamento para controlar a dor e dormir, além de fazer fisioterapia e hidroterapia.

Ela precisa fazer uma cirurgia na coluna para descomprimir a medula, porém faz quatro meses que está esperando por uma consulta com um neurologista. Só com esse encaminhamento, conseguirá entrar na fila de espera para a cirurgia. Outro problema enfrentado por Gabriela é em relação aos medicamentos. Comenta que seu corpo acostuma com os remédios e precisa trocá-los com frequência para que surtam efeito.

 

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