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A prefeitura estrutura, mas quem cuida é a comunidade

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Foto: Núbia Garcia

Cultivar hortaliças e temperos para o consumo gratuito das comunidades é o objetivo das 35 hortas comunitárias distribuídas pelos bairros de Lages. A criação desses espaços faz parte do projeto Colheita Feliz, criado no segundo semestre de 2017. Por meio do projeto, a Secretaria Municipal da Agricultura e Pesca entrega para as comunidades a horta pronta para ser cultivada, oferecendo assistência técnica e mudas de hortaliças para a continuidade do cultivo e manejo diário.

Das 35 hortas, 15 foram implementadas dentro de escolas da rede pública de ensino e as restantes estão sob responsabilidade de associações de moradores e entidades de cunho social. De acordo com o secretário da Agricultura e Pesca, Osvaldo Uncini, atualmente as hortas funcionam nestes espaços, porém, podem ser feitas em qualquer local público, uma vez que o foco de sua criação é atender à comunidade.

“Antes de fazer as hortas, a gente reúne a comunidade e explica que está implementando a horta, preparamos o terreno, adubamos, os técnicos acompanham e, depois de tudo pronto, a população tem que cuidar”, explica.

O secretário destaca que, em sua maioria, as hortas que são implementadas em escola são mais bem cuidadas e trazem mais resultados positivos, uma vez que as professoras cuidam diariamente e os estudantes ficam entusiasmados com a possibilidade de levar hortaliças para casa ou de produzir um alimento que será usado na merenda escolar.

Uncini afirma que o projeto tem sido bem recebido na maioria das comunidades onde as hortas são implementadas, porém, em alguns locais a adesão da comunidade não é muito grande, por isso as hortas acabam não tendo continuidade.

Das 35, pelo menos cinco estão neste estado, dentre elas do Bairro Gethal, que está desativada. O presidente da Associação de Moradores do Bairro, Aldori Wolff (Pelé), foi procurado pela reportagem, mas disse que prefere não se manifestar até que o projeto seja retomado.

No Bairro Popular a iniciativa deu certo

Se por um lado alguns projetos não tiveram continuidade, por outro, as hortas que foram bem recebidas pelas comunidades estão com a produção de vento em popa. Uma delas é a horta do Bairro Popular. Inaugurada em dezembro do ano passado, está sendo administrada pelo casal Olimpia e Nilso Buogo, respectivamente presidenta e vice da Associação Bom Samaritano.

Com um perfil um pouco diferente das demais hortas, parte das hortaliças produzidas no Popular são distribuídas entre a comunidade, mas a maior parte é destinada para entidades como o Lar dos Idosos, Menino Deus, Centro POP, Casa Colibri e algumas creches. Porém, os moradores que tiverem interesse podem se dirigir à horta, que fica nos fundos da Unidade de Saúde do bairro e pegar as hortaliças, basta conversar com Olimpia e Nilso e fazer um cadastro. “Faz o cadastro na hora e já pode levar o que quiser. Ninguém sai daqui sem levar algo”, completa Nilso.

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