Turismo
Turismo na Serra Catarinense cresce, revela pesquisa
No inverno, hotéis e pousadas da Serra Catarinense estão sempre lotados. Os finais de semana e dias com previsão de temperaturas baixas e neve, atraem turistas para os pontos mais frios do País. Isso criou na região um incentivo para o fomento do turismo e trouxe investimentos de empreendedores que pensam em fazer crescer o setor. Em função disso, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Santa Catarina (Fecomércio) lançou uma pesquisa sobre o turismo de inverno na Serra Catarinense.
A coleta de dados ocorreu no mês de julho de 2018, em pontos de grande fluxo de turistas, com maior abrangência nos pontos turísticos das cidades. Foram entrevistados 514 visitantes e 273 empresários e gestores dos estabelecimentos comerciais, com erro amostral calculado de 5% e significância de 5% para ambos os públicos.
A pesquisa mostrou que 99,6% dos visitantes da Serra Catarinense no período foram brasileiros e que a maioria (65,8%) são do próprio Estado de Santa Catarina. 10,0% de São Paulo, 8,6% do Paraná e outros 7,2% do Rio Grande do Sul. Outros estados aparecem com menor frequência. Dentre as cidades do Estado, Florianópolis teve 14,4% de participação, Joinville 5,4% e Criciúma 4,1%.
O casal Adriano e Juciane da Cruz, de Tubarão, já estão acostumados a visitar a Serra Catarinense. Seja frio ou calor, as visitas para a região são frequentes. Entretanto, há oito meses, precisaram dar uma parada. Com o nascimento do pequeno Isaac, as viagens diminuíram. Para celebrar a vida do filho e apresentá-lo para a região, o casal optou por se hospedar na Pousada Rural do Sesc. Foram três dias aproveitando o que o espaço tem a oferecer, principalmente para a família que acabou de crescer.
Origem do turista determina meio de transporte
Nesta temporada, o principal meio de transporte utilizado foi o veículo próprio (82,5%), que está relacionado à origem dos turistas. Da parcela de 4,7% de turistas que fez uso de ônibus regular (ou similar). Os 5,6% que vieram de avião foram de outros estados.
Analisando os dados abertos, 54,7% dos visitantes que optaram pela hospedagem em hotéis, pousadas ou hostels, a maior parcela ficou em Urubici (23,9%), seguida por Lages (14,4%) e São Joaquim (8,8%). Entre os 21,2% dos visitantes que se hospedaram em imóveis de parentes e amigos, destaque para a participação de Lages com 11,9%. O 1,4% que optou pela locação de imóveis, 1,0% alugou imóveis em Urubici, superando os 0,4% de Lages.
Na comparação entre os anos de 2017 e 2018, percebe-se a redução da parcela de visitantes que optou pela locação de imóveis, caiu de 4,5% para 1,4%. As cidades mais citadas para hospedagem foram Lages e Urubici, com 28,6% e 28% respectivamente. Logo após, despontam as cidades de São Joaquim, com 12,3% das citações, e Urupema, com 7,2%
Famílias são a maioria dos visitantes
A pesquisa buscou entender, também, como foram compostos os grupos de viagem para a temporada. O maior agrupamento foi o de famílias (49,4%), seguido pelos casais (25,3%), pelos grupos de amigos (15,4%) e por visitantes que viajam sozinhos (6,6%).
Os grupos de excursões representaram uma pequena fatia de 2,7%, mas ainda assim, mais de quatro vezes maiores que a fatia do ano anterior. Como é o caso das amigas Marlene Giovanella, 71 e Maria Cenira, 68, que vieram em excursão com um grupo de 43 pessoas de Curitiba, no Paraná. Essa foi a primeira vez das duas na região e saíram encantadas com o passeio e a estadia na Pousada Rural do Sesc. O grupo ficou quatro dias na pousada e aproveitou para visitar as cidades ao redor de Lages.
Média de permanência é de 3,8 dias
O tempo médio de permanência dos turistas na Serra Catarinense nesta temporada de inverno foi de 3,8 dias, praticamente o mesmo tempo do ano anterior (3,7 dias). A relação entre a permanência mostra-se bastante coerente: os visitantes que se hospedaram em imóveis de parentes ou de amigos permaneceram 6,4 dias. Os turistas que optaram por hotéis, pousadas ou hostels tiveram uma permanência média de 3,3 dias, superando a média do ano anterior que foi de 2,8 dias.
Cada visitante deixa mais de R$ 1.000 na região
Nesta temporada, a média geral dos gastos foi de R$ 1.326,31, sendo que os gastos com hospedagem foram os mais expressivos. Cada turista que utilizou hotelaria gastou, em média, R$ 841,06, seguido dos gastos com o transporte R$ 401,00.
Os gastos com alimentação e bebidas e com compras no comércio foram de R$ 318,05 e R$ 282,27. Outra informação relevante deste tema é o percentual de pessoas que realizaram os gastos: 60% dos visitantes entrevistados realizaram compras no comércio local, 94% gastaram com alimentação, 98% com transporte e 55% com hospedagem.
Motivação dos turistas
O turismo de Inverno (52,1% das citações), seguido pelas visitas a parente e amigos, com 12,6%. Entender a principal motivação é muito importante para garantir a fidelidade dos turistas, estimulando novos atrativos e renovando o interesse nas cidades. Além disso, mostra uma grande oportunidade a ser explorada, a ampliação das campanhas que promovem o turismo de aventuras, esportes e ecoturismo, e o turismo gastronômico.
A expressão desta oportunidade pôde ser percebida na evolução da parcela de visitantes que indicaram o Ecoturismo, o Turismo de Aventura e o Turismo Gastronômico como motivo para a visita à Serra Catarinense. Em 2017 as citações destes estímulos somaram 7,5% e neste ano aumentaram para 24,3%. Somente o Ecoturismo passou de 3,4% para 10,8%.
Pontos turísticos
O visitante foi solicitado a indicar quais os pontos turísticos que já havia visitado e quais os que pretendia visitar. Com essa estratégia foi possível identificar que 47,5% dos pontos turísticos citados fazem parte do município de Urubici, sendo a Cachoeira do Avencal, a Serra do Corvo Branco e a Cascata Véu de Noiva os destaques.
Os pontos turísticos do município de Bom Jardim da Serra representaram 18,2% das citações, com destaque para o Mirante Serra do Rio do Rastro. Lages, com 15,4% das citações, teve como pontos turísticos de destaque o Parque Jonas Ramos e o Morro da Cruz. Os pontos turísticos de Urupema foram citados por 9,8% e São Joaquim por 8,7%.
hugo brascher filho
24/09/2018 at 12:35
O parque Municipal João José Teodoro da Costa, o salto do caveiras, a estação de criação de trutas, devem ser estimulados seu turismo, mas antes, devem passar por uma geral. Ter atrativos para fixar o turista, como, restaurantes, lojas de conveniências, artesanatos. O parque conta dinheiro deveria ter restaurante aberto ao público para poder curtir o espaço. Tudo, claro, com segurança. Quem sabe com exploração diária da cultura serrana. MAS TUDO COM PROFISSIONALISMO.