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Zelaya diz que golpe foi planejado em base americana em Honduras

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Tegucigalpa (Honduras), 28/06/2010, (EFE)
 

O ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya disse nesta segunda-feira que o golpe de Estado que o destituiu em 28 de junho de 2009 foi planejado pelo comando sul dos Estados Unidos na base militar de Palmerola, em Honduras.

 

"Tudo indica que o golpe foi planejado na base militar de Palmerola, pelo comando sul dos EUA, e executado pelos maus hondurenhos", assinala Zelaya em carta enviada a partir da República Dominicana ao "povo hondurenho" ao lembrar hoje um ano de sua derrocada.

 

"Povo hondurenho, escrevo estas letras quando completa um ano daquela fatídica madrugada em que eu estava em minha casa, como presidente da República, quando foi cercado pelas forças especiais dos militares", detalha Zelaya ao início de sua carta enviada por e-mail.

 

Acrescenta que "um ano depois do golpe de Estado militar já estão claras as causas e os atores intelectuais desse crime que se mantinham ocultos" e cujas suspeitas foram confirmadas, "Os Estados Unidos estavam por trás do golpe de Estado".

 

Segundo Zelaya, no início, o departamento de Estado dos EUA "negou vinculação com o golpe", mas a embaixada desse país em Tegucigalpa "dava demonstrações de condenação".

 

"Os autores intelectuais deste crime obedecem a uma formação de quadrilha dos velhos falcões de Washington com hondurenhos, proprietários de capitais e seus sócios membros de subsidiárias, norte-americanas e agências financeiras", acrescenta a carta de Zelaya.

 

Também culpa pelo golpe "alguns proeminentes membros (hondurenhos) da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) responsáveis pelo silêncio interno e proteção dos assassinos que eliminam gente inocente no país".

 

Zelaya também acusa pela sua queda Roberto Micheletti, quem o Parlamento hondurenho, sendo ele presidente desse poder do Estado, designou como sucessor.

 

Em 27 de janeiro, o eleito Porfírio Lobo assumiu o Governo. Sua autoridade ainda não é reconhecida por toda a comunidade internacional.


Foto: (EFE)

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