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Tatuagem ajuda polícia a identificar investigado por estupro

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Foto: Patrícia Vieira

Uma tatuagem de uma flor, na mão esquerda de Carlos Adilson Matos da Silva, ajudou a polícia a identificá-lo. Investigado por ter violentado pelo menos três mulheres, em Lages, Carlos foi preso por policiais da Delegacia da Mulher de Lages. A prisão causou grande repercussão na cidade.

Foto: Divulgação

A prisão ocorreu, na segunda-feira (12), no Bairro Pró-Morar. De acordo com o delegado do caso, Frederico de Melo e Silva, Carlos usava perfil falso no Facebook para atrair as vítimas com proposta de emprego de babá, e um bom salário. Os crimes ocorreram entre 2017 e início deste ano.

O investigado, que passou a ser chamado de “serial estuprador” usava o mesmo modus operandi (modo de operação). Primeiro postava um anúncio de emprego. No aplicativo Messenger, ele iniciava a conversa com a vítima. Geralmente se passava por mulher para não amedrontar seus alvos.

Com o tempo, o envolvido ganhava a confiança da vítima. Depois do acerto do “emprego” ele marcava data e hora para a entrevista. Oferecia carona de moto. Para abordar as mulheres, ele se identificava como o sendo o primo da contratante. Assim, a mulher era levada de moto para um lugar ermo, às margens da BR-116, perto da ponte do Rio Caveiras, onde seria feita a entrevista.

No local, ele simulava um defeito na motocicleta. Parava e a estuprava sob forte ameaça, inclusive de morte. Depois, geralmente largava a vítima na área industrial. Ameaçava, que se contassem alguma coisa ele as conhecia muito bem. As três vítimas reconheceram o agressor, que confessou os crimes.

Além da tatuagem, outros elementos ajudaram a polícia a esclarecer os fatos. As vítimas reconheceram a moto, uma CG preta 125cc, usada nos crimes, além de um capacete. A polícia também tem imagem do autor conduzindo as vítimas na garupa da moto. O celular do envolvido foi apreendido e passará por perícia.

O perfil do bandido

Carlos é casado e pai de dois filhos. Criado pela avó, ele é servente de obra. Estudou até o sexto ano e gosta muito de jogos eletrônicos, o que teria contribuído para criar perfil fake para atrair suas vítimas.

Preso preventivamente (sem prazo determinado), Carlos foi levado ao Presídio Regional de Lages, onde ficará à disposição da Justiça. Se for considerado culpado pelos três estupros, ele poderá a pegar até 30 anos de prisão.

Frederico disse que não tem dúvidas da autoria dos crimes.”As provas estão muito maduras”, sustentou. Suspeita-se que, com a divulgação da identidade e das imagens do investigado, outras vítimas possam aparecer.

Também na segunda, a equipe de delegado Rochel Silva prendeu outros dois homens investigados por estupro. A dupla, que foi detida no Bairro Petrópolis, é suspeita de ter estuprada uma menina de 16 anos. O crime ocorreu em fevereiro deste ano. A identidade dos envolvidos, que são irmãos, não foi divulgada.