Economia e Negócios

Supermercados, em Lages, recebem pinhão aos poucos

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Foto: Patrícia Vieira

Atualizado às 16h07

Com a liberação legal para a colheita e comercialização do pinhão, que ocorreu no dia 1º de abril, foi grande a procura pelo produto nos supermercados de Lages, mas a maioria deles voltou para casa de mãos vazias, já que a maioria dos estabelecimentos ainda não tinha a semente nas gôndolas.

Das redes pesquisadas, poucas ofereciam a semente para comercialização. A expectativa é que a oferta comece nos próximos dias. Porém, a comercialização deverá ser normalizada somente a partir da próxima semana.

O extensionista da Epagri de Painel, Raul Ciqueira, atribui a falta do produto nos estabelecimentos comerciais, às condições climáticas. “Poucos produtores estão colhendo, por exemplo, nesta segunda-feira, em Painel, alguns me disseram que não se arriscaram devido a chuva, ou até mesmo devido à previsão de chuva”.

A previsão no Supermercado Klöppel era para receber pinhão ainda na tarde de ontem, o que acabou não se confirmando. O mesmo acontece com outros seis locais consultados pelo Correio Lageano.

No Sacolão de Frutas e Verduras SPM, localizado na rua Otacílio Vieira da Costa, no Centro de Lages, por exemplo, as gôndolas ainda estão sem pinhão. O proprietário Sandro Marcelo diz que logo nos primeiros dias de liberação é normal não encontrar o produto para a compra.

Acrescenta, ainda, que, neste ano, como a colheita e a venda foram oficialmente liberadas em todo o estado a partir do último domingo (1º), o período do feriado da Páscoa deve ter contribuído com o atraso.

Preços

Apenas os Supermercados Mezzalira e Myatã estão vendendo. No Martendal, a venda deve iniciar na terça (3). Alvorada, Angeloni, BIG e o Ludwig ainda não receberam o produto. O preço do quilo no Mezzalira é de R$ 4,99.

A expectativa é para que, neste ano, os valores de comercialização no varejo (o preço pago pelo consumidor) fiquem em torno de R$ 4 a R$ 6. Já para o atacado (preço para o produtor) deve girar em torno de R$ 2,50 a R$3, inicialmente devido ao aumento da safra. Fatores como a polinização e o clima contribuíram para o aumento da safra.

Colheita

De acordo com o extensionista da Epagri de Painel, Raul Ciqueira, no município, considerado o maior produtor da Serra Catarinense, foram colhidas 350 toneladas em 2017, e o aumento esperado para este ano é de até 30%. Totalizando 500 toneladas. Estimativa é de que a colheita seja alta em toda a Serra Catarinense.

Desde o ano passado, o pinhão produzido em Santa Catarina passou a integrar a lista de produtos do programa de Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPMBio), desenvolvido pelo Governo Federal. Sendo assim, o preço do produto tem valor mínimo pré estipulado, a fim de garantir a renda do agricultor familiar.