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Sobe para 44 o número de mortos pelas chuvas no nordeste

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Rio de Janeiro, 23/06/2010, (EFE)

A localização de outros três corpos em municípios de Pernambuco elevou para 44 o número de mortos pelas chuvas que desde quinta-feira atingem o nordeste do Brasil.

 

Pelo boletim oficial da Defesa Civil de Pernambuco, o número de mortos subiu para 15, enquanto o número de pessoas que tiveram de abandonar suas casas chega a 42.360.

 

A situação é mais dramática em Alagoas, onde várias cidades ficaram embaixo d'água pelo aumento dos rios.

 

O último boletim da Defesa Civil de Alagoas manteve em 29 o número de mortos e em 607 o de desaparecidos, os mesmos números de terça-feira, mas elevou para 74.515 o de pessoas que perderam suas casas.

 

Dois dos corpos encontrados hoje estavam em Água Preta e o terceiro em Barreiros, em Pernambuco que também foram afetados pelas cheias e as inundações.

 

Dos 54 municípios castigados pelas chuvas em Pernambuco, 30 declararam situação de emergência e nove estão em estado de calamidade pública. Em Alagoas, 17 cidades declararam estado de emergência e outras estado de 15 calamidade pública.

 

Apesar das chuvas deram uma trégua no domingo e na segunda-feira, voltaram a intensificar-se na noite de terça-feira e os meteorologistas previram que seguirão, embora com menor intensidade, nos próximos dias.

 

Participam dos trabalhos de resgate membros do Corpo de Bombeiros, Polícia e das Forças Armadas, que cederam helicópteros para ajudar a buscar pessoas isoladas.

 

Para procurar os desaparecidos foram enviados a Alagoas cães treinados, alguns dos quais participaram das operações de resgate no Haiti após o terremoto.

 

Como muitas escolas dos municípios afetados ainda estão cobertas de lama e outras foram transformadas em abrigos para os desabrigados, a Secretaria de Educação de Alagoas anunciou hoje a antecipação das férias escolares de julho.

 

Enquanto a maioria das vítimas em Pernambuco morreu em deslizamentos de terras na madrugada da sexta-feira, as vítimas de Alagoas foram arrastadas pelo aumento dos rios Mundaú e Paraíba, cujas águas chegaram a subir 12 metros acima do nível normal.

 

O transbordamento desses rios deixou um rastro de casas e ruas destruídas, assim como de toneladas de lixos, lama e escombros abandonados em municípios nos quais ainda não se restabeleceu a provisão de água e energia elétrica.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve viajar na quinta-feira à região para sobrevoar os municípios mais afetados.


Foto: (EFE)

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