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Secretaria garante reconstrução de casa

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No posto, família vive em situação precária, sem água e energia elétrica - Foto:

Era para ser uma segunda-feira normal. Um dia como outro qualquer. O dia é 13 do mês de outubro de 2014. Uma data que ficará guardada na memória de muitos lageanos e que ainda reflete no cotidiano de muita gente. Logo depois do meio dia, o céu começava a avisar que um temporal estava prestes a acontecer.

Perto das 15h30 algumas pedras começaram a cair e em poucos minutos mais de 46 bairros de Lages tinham sido atingidos por uma forte chuva de granizo. Casas, carros, estabelecimentos, entre outras estruturas ficaram prejudicadas e, centenas de famílias tiveram de sair de suas casas.

Quem também ficou nesta situação foi Maria Gorete Ferreira Paes, o marido Luis e o pai Serafim. A casa simples de madeira caiu e eles tiveram de contar com a solidariedade da comunidade. Como a estrutura da Unidade de Saúde do Bairro Caravágio estava desativada, a família se mudou para o postinho, que fica ao lado da casa antiga. Gorete morava nos fundos da casa do pai, no mesmo lote vivem dois filhos do casal.

De 2014 para cá, Gorete passou por dificuldades. Sua casa ruiu, parte da casa do pai desabou, perdeu a neta que tinha uma doença rara e descobriu que o pai estava com câncer de fígado, que acabou se espalhando para outros órgãos.

No meio de tudo isso, conseguiu reconstruir apenas a cozinha, para conseguir se aquecer. O banheiro está prestes a cair. Dessa forma, o lar ainda é a Unidade de Saúde. Lugar onde não tem água encanada e nem energia elétrica.

Família terá que deixar posto de saúde

Mas uma notícia, na semana passada, preocupou ainda mais a família e fez com que a filha de Gorete, Roselene Paes Beckert procurasse a redação do Correio Lageano para tentar esclarecer e entender a situação da ordem de despejo que receberam.

A primeira informação das secretarias de Habitação e Assistência Social e Políticas Públicas para Mulher e Assuntos Comunitários, era de que a família de Gorete tinha uma casa que poderia ser habitada e, mesmo assim, continuava na Unidade de Saúde. O que é intrigante. Afinal, como uma família com casa ainda permanece em um lugar que não tem água e energia elétrica?

Assim, a ordem de despejo foi expedida, já que o local do posto de saúde será utilizado para a construção da sede da associação de moradores do bairro.

Depois da solicitação do CL, as secretarias visitaram a casa de Gorete e reconheceram que a casa precisa de uma reforma, na verdade, uma reconstrução. E este é o compromisso firmado com a Secretaria de Habitação e Assistência Social. Depois do cadastramento no setor habitacional, a reforma da casa será agendada. Assim, a família se comprometeu em desocupar o Posto de Saúde.

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