Com lançamento previsto para 6 de novembro nos cinemas brasileiros, o filme “O Agente Secreto” foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar 2026, na categoria de melhor filme internacional. A produção já vem sendo exibida em festivais e recebeu duas indicações ao Gotham Awards, uma das premiações que servem como termômetro da temporada.
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Durante entrevista coletiva concedida à imprensa em São Paulo, o diretor Kleber Mendonça Filho destacou que o tema da memória é central no longa — e expressou a expectativa de que o público, especialmente estudantes, possa aprender mais sobre o país a partir da narrativa.
Filme é ambientado em Recife durante a ditadura
A trama do filme se desenrola em 1977, período marcado pela ditadura militar. O protagonista, vivido por Wagner Moura, é um professor que deixa São Paulo para viver em Recife, mas começa a perceber que está sendo monitorado pelos vizinhos.
Esse é o retorno de Wagner Moura ao cinema em língua portuguesa após mais de uma década. O ator reforçou a importância de políticas públicas de incentivo à cultura e ressaltou que a representação nas telas é essencial para que o país compreenda a si mesmo.
Diversidade brasileira é tema central
O encontro com a imprensa contou também com os atores Gabriel Leone, Alice Carvalho e Tânia Maria. Kleber Mendonça Filho enfatizou a relevância de se ouvir o Brasil em toda sua pluralidade — cultural, linguística e geográfica.
Ele citou o Movimento Manguebeat como exemplo de manifestação cultural que, mesmo surgindo em Recife, teve impacto nacional e dialoga com questões contemporâneas.
O filme faz parte da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
Como isso impacta sua vida?
Em tempos de polarização e debates sobre a história recente do Brasil, obras como “O Agente Secreto” ajudam a resgatar memórias e estimular a reflexão.