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Recolhimento de recicláveis é prejudicado por falta de veículo

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Moradores investiram em nova lixeira para facilitar separação do lixo. Foto: Camila Paes.

Em um prédio no Centro de Lages, os moradores de 15 apartamentos separam o lixo reciclável para ser retirado pela cooperativa da cidade. Entretanto, um dos moradores percebeu que a cooperativa não tem passado pelo local e quem tem retirado o material é a Serrana, que realiza o recolhimento do lixo comum em toda a cidade.

Célio João Pires, um dos moradores do prédio, questiona o porquê de o serviço não estar passando no Centro. Quando era síndico, o aposentado implementou a ideia de separação e incentivou os outros moradores a passarem a separar em casa os seus resíduos. Em função disso, investiram R$ 800 na instalação de uma nova lixeira, para facilitar a separação e o recolhimento do lixo pelos profissionais das empresas responsáveis.

A auxiliar administrativa da Cooperlages, Angélica dos Anjos, explica que a interrupção dos serviços no Centro aconteceu porque a cooperativa está sem um dos caminhões, que está estragado. Com isso, estão operando apenas com uma camionete e um caminhão, o que inviabiliza a passagem por todos os bairros da cidade. Angélica ressalta que a camionete já está sobrecarregada e o caminhão é muito grande e não passa por algumas ruas do Centro.

A Cooperlages funciona por meio de convênio com a Prefeitura de Lages, que repassa mensalmente recursos para a cooperativa, além do empréstimo dos carros e suas respectivas manutenções. O caminhão está encostado há cerca de dois meses e a mecânica que realiza o serviço, informou que só poderá fazer o conserto em fevereiro, quando voltará a prestar serviços para a Prefeitura. Em função do feriado, não foi possível ouvir a Secretaria de Meio Ambiente sobre o caso.

>> Separação do lixo_ São recolhidas no Brasil cerca de 180 mil toneladas diárias de resíduos sólidos, segundo pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os rejeitos são resultantes de atividades de origem urbana, industrial, de serviços de saúde, rural, especial ou diferenciada. Esses materiais gerados nessas atividades são potencialmente matéria prima ou insumos para produção de novos produtos ou fonte de energia.

O prejuízo econômico do descarte incorreto destes resíduos passa dos R$ 8 bilhões anuais. No momento, apenas 18% das cidades brasileiras contam com o serviço de coleta seletiva.

Com a separação é possível: a reutilização; a reciclagem; o melhor valor agregado ao material a ser reciclado; as melhores condições de trabalho dos catadores ou classificadores dos materiais recicláveis; a compostagem; menor demanda da natureza; o aumento do tempo de vida dos aterros sanitários e menor impacto ambiental quando da disposição final dos rejeitos.

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