Economia e Negócios

Produção de trutas cresce 30% na Serra

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Produtor de Painel está ampliando os tanques - Foto: Paulo Chagas/Divulgação

Os pequenos produtores são os grandes responsáveis pelo crescimento da produção de truta na Região Serrana. Desde que o processo de estímulo foi iniciado, há cerca de seis anos, com a criação da Associação Catarinense de Truticultores (Acatruta), e com a instalação de uma indústria de processamento do peixe, em Lages, o setor deslanchou em mais de 30%. O pequeno produtor da localidade de Farofa, interior de Painel, André Farias é dos exemplos. Em 2017, ele produziu cerca de 3 toneladas. Este ano, está construindo novos tanques, e a produção dele deverá chegar a 10 toneladas/ano.

Conforme relato do presidente da Acatruta, o empresário Vilso Isidoro, quando a entidade foi constituída, eram cinco ou seis criadores. Hoje, são 18 associados, estabelecidos por diversas regiões de Santa Catarina. “A facilidade com que a espécie se desenvolve na região é também um dos fatores que contribuem para o crescimento da produção”, reforça Isidoro.

Segundo explica, a truta é uma espécie que está ganhando terreno na Serra Catarinense, uma região em que esses peixes conseguem ótima adaptação. No entanto, os produtores ainda têm grandes entraves para a produção em larga escala. Falta a eles disponibilidade de financiamento; sofrem com a descapitalização, pois, não possuem garantia para banco; assistência técnica é insuficiente; falta de renovação de reprodutores devido à proibição de importação de ovos, o que certamente levará a problemas genéticos. “Porém, esta realidade negativa pode mudar com o estabelecimento da Estação de Truticultura, de Painel, a partir de novas pesquisas, e que serão necessárias ao melhor desenvolvimento do setor”, ressalta.

Mesmo com tantas dificuldades, os produtores catarinenses estão colhendo alguns benefícios, a partir do fortalecimento da Associação Catarinense de Criadores de Truta. Aos poucos, o número de associados aumenta, assim como a produção na região, hoje, calculada em cerca de 300 toneladas por ano. Em todo o Estado, o volume supera a casa das de mil toneladas. A instalação de um abatedouro de peixes na região (Belo Peixes) é a razão maior para o crescimento da produção de truta e de outras espécies, na Região, caso do jundiá.

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