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Pessoas que se doam e ajudam quem precisa

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Rosele carrega no coração o amor pela filha e o transforma em força para ajudar dezenas de outras crianças - Foto: Andressa Ramos

É no Natal que as pessoas encontram formas de ajudar crianças, adultos e idosos para transformar, ao menos, um dia do ano. É a hora que voluntários pensam em como podem fazer para melhorar a data na vida das famílias.

O Correio Lageano reuniu algumas histórias, entre tantas de Lages, de homens e mulheres que se dedicam nesta época do ano para arrecadar donativos, ou até tirar do próprio bolso, para um dia mais feliz no fim de ano.

Para alguns, o Natal é recompensador, sinônimo de encontrar forças para seguir. Exemplo disso é Roselene de
Fátima Paes Beckert, de 41 anos. sua filha Helena faleceu na noite de Natal em 2014 dentro do Hospital infantil seara
do Bem, em Lages.

Vítima de uma infecção generalizada. A menina nasceu com uma síndrome rara chamada Chiari Tipo 2. depois da morte, a mãe ficou arrasada, e pensou que nunca mais conseguiria celebrar o Natal como sendo algo especial.

Porém, seu marido Anderson Beckert, de 44 anos, deu incentivo para que a família fizesse uma festa para crianças carentes dos bairros.

E assim fizerem, em 2015, mesmo com um salário pequeno, se organizaram, e reuniram de 20 a 30 crianças na pequena garagem de casa no Bairro Ferrovia.

Foi nos olhares e sorrisos das crianças que seu coração recebeu a calma que tanto esperava. “Eu sei que ela está bem e eu sinto a presença dela aqui”, comenta a mãe sobre Helena.

Roselene oferece cachorro-quente e refrigerante à vontade às crianças, além de distribuir cestinhas de doces. A casa
é pequena, mas cheia de amor.

Roselene sente-se feliz e contente por poder contribuir para um Natal de alegrias. Ela comenta que quem quiser ajudar para o próximo ano, as portas estão abertas. “Posso até fazer fotos das crianças e elas escreverem o que querem”.

Espírito Natalino

Há 10 anos, Luis Rogério Alencar, de 53 anos, resolveu fazer uma festa de Natal para as crianças do Bairro Várzea,
em Lages. Para isso, contou com a ajuda de amigos, vizinhos e familiares.

Começou com algumas cestas de doces e hoje, um bolo grande é cortado e distribuído aos moradores. Até um Papai Noel entra em cena. Ele ajuda em média 100 crianças do bairro.

Homenagem

Desde 2009, Ezequiel Amarante participa de ações beneficentes em Correia Pinto. Onze anos se passaram, e em 2014, ele conheceu Edemar Silva que, depois de fazerem uma celebração com sorrisos e abraços, Edemar despediu-se e saiu para uma viagem e férias, mas no meio do caminho sofreu um acidente e faleceu.

Amarante continuou o trabalho em homenagem ao amigo e hoje com a Associação de Moradores do Bairro São Pedro e Associação de Bombeiros Comunitários de Correia Pinto, e outros apoiadores, proporcionam não apenas o Natal, mas também, a Páscoa, Dia das Crianças e almoço em dias aleatórios.

“Acredito que quando fazemos o bem, o reconhecimento vem naturalmente e o melhor pagamento que podemos receber é o sorriso e a satisfação. Gosto sempre de deixar claro em todas as ações que nada fazemos sozinhos, sempre temos uma equipe enorme que deve ser reconhecida, pois a união é que faz a força”.

Solidariedade

Com a missão de amar o próximo, o projeto MAP ajuda pessoas dos Bairros Centenário e Morro Grande, em Lages, há cinco anos.

Alexsandro de Mattos Ferreira, 27 anos, mudou-se para a cidade e como sempre gostou de ajudar o próximo implementou o projeto nesta região.

Ele e mais 35 voluntários atendem mensalmente em média 400 pessoas, com trabalhos de artesanatos, cozinha comunitária e aulas de culinária para que os moradores aprendam a utilizar todos os alimentos da melhor maneira possível.

No Natal, como muitos não têm condições de preparar uma ceia farta, o projeto MAP oportunizou um jantar para 130 pessoas, entre crianças, adultos e idosos.

Além disso, fez a entrega de presentes para 120 crianças que foram apadrinhadas por meio de uma divulgação do Facebook.

Alexsandro não tem carteira assinada, sua profissão e missão, segundo ele, é viver para ajudar estas pessoas. “Para uma sociedade ser melhorada, acredito que devemos começar por aqueles que são menos favorecidos”.

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