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Pedestres pedem mais segurança

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Lages, 17/06/2010, Correio Lageano

 


Na Avenida Presidente Vargas, a maior reclamação de quem anda a pé é a falta de respeito dos motoristas, que excedem os limites de velocidade. De janeiro até ontem, a Polícia Militar registrou 103 acidentes de trânsito neste trecho.

 


Um dos maiores índices de reclamação é das proximidades da Rua Walmor Ribeiro, entre os bairros São Cristóvão e Sagrado Coração de Jesus. Para o comerciante Marco Antônio Souza, o grande número de veículos no local é um dos fatores que reduz a segurança. “Tem muito carro durante todo o dia e, muitas vezes, as pessoas atravessam sem ter o devido cuidado”, comenta.

 


Já o vendedor Ariovaldo Aguiar garante que a falta de respeito de quem está ao volante é um dos fatores mais marcantes. “Os motoristas passam com a velocidade muito alta, quase não respeitam quem está a pé e os pedestres facilitam muito, tem gente que não se cuida mesmo”, afirma. Segundo ele, uma saída seria o aumento da fiscalização de velocidade no trecho.

 


Nesta parte da avenida o fluxo de alunos nos horários de saí­­da das escolas é grande, pois é um ponto entre as Escolas Nossa Senhora do Rosário, Belisário Ramos e Ondina Neves Bleyer. Para a merendeira Edir das Graças Cruz, a colocação de mais faixas de pedestres e a presença de policiais militares diminuiria o risco dos transeuntes. “Na hora que as crianças vão para a escola, tinha que ter um guarda para cuidar do trânsito e devia ter faixas mais próximas umas das outras, para que a gente não precise atravessar fora dela”, reivindica a merendeira.

 


O comerciante Alduino Baccin reclama da falta de segurança na região próxima à Unidade de Saúde do Bairro Coral. Segundo ele, a grande distância entre o semáforo, localizado no cruzamento com a Avenida Camões, e a lombada eletrônica, é o principal fator para que os motoristas excedam os limites de velocidade. “Os carros passam correndo naquela região e é difícil de atravessar”, diz.
Segundo ele, falta maior fiscalização no local. “Alguns motoristas andam de tal forma que é como se a vida humana não tivesse valor nenhum”. Para Alduino, a fiscalização, seguida de multas, ajudaria na diminuição do problema.

 

 

Não serão feitas mais faixas de segurança


De acordo com o diretor de Trânsito de Lages, Iodori Borges, o departamento vem estudando formas de aumentar a segurança nesta avenida. Um projeto desenvolvido pela prefeitura, através do Diretoria de Trânsito (Diretran), em parceria com a Caixa Econômica Federal, prevê a colocação de um semáforo no cruzamento das Avenidas Presidente Vargas e Corina Caon. “Com o aumento da frota de veículos, há alguns anos, colocamos neste local uma lombada eletrônica, que foi uma solução temporária. Agora, queremos colocar o semáforo e recolocar a lombada próximo ao Posto de Saúde, onde há muita reclamação de excesso de velocidade”.

 


Borges explica que o início das obras depende apenas da liberação dos recursos pela Caixa. Ele garante ainda que a sinalização ao longo da via será toda reforçada. “Não temos como colocar mais faixas de pedestre na avenida, porque atrapalharia o fluxo de carros”, completa.

 


Um dos pedidos da comunidade, é pela colocação de policiais nos locais de trânsito mais intenso. Para o major da Policia Militar em Lages, Fernando dos Anjos, esta não é a melhor saída. “Hoje contamos com a tecnologia para nos auxiliar e a colocação de redutores de velocidade permanentes, seria mais eficaz do que a presença esporádica de homens nestes locais”, explica.

 


Segundo ele, os homens da corporação são divididos para trabalhar com prevenção, atendimentos aos crimes e segurança no trânsito. “Não precisamos de homens lá porque a Presidente Vargas é monitorada 24 horas por dia, isso contribui para o aumento da segurança”, completa.

 


O Major Fernando destaca que o número de acidentes ocorridos neste trecho é semelhante ao de outras cidades com vias de trânsito rápido. Dados da PM dão conta que 83,5% dos acidentes que aconteceram desde o início do ano, envolvem apenas veículos e têm danos materiais. Acidentes com lesões corporais correspondem a 12,62% e atropelamentos somam 3,88% do total registrado.

 

Fotos: Daniele Melo

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