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Os países africanos têm maiores avanços nos Objetivos do Milênio

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Nações Unidas, 22/06/2010, (EFE)
 

Os países mais pobres da África lideram a lista de nações que mais avanços tiveram nos esforços para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), segundo um relatório da ONU divulgado hoje.

 

O estudo, elaborado em conjunto com o Overseas Development Institute (ODI), aponta que 11 dos 20 países que mais avançaram em termos absolutos na luta contra a pobreza são africanos, enquanto três são latino-americanos e o resto, asiáticos.

 

O documento também diz que metade dos países africanos está a caminho de conseguir reduzir a pobreza extrema pela metade em 2015 em relação aos níveis de 1990.

 

Além disso, a maioria dos países de baixa e média renda conseguiu progredir rumo às principais metas contempladas nos ODM, como a universalização da educação primária e a redução da mortalidade infantil.

 

Os responsáveis pelo estudo consideram que suas conclusões contradizem as percepções "pessimistas" de que os esforços para combater a pobreza fracassaram.

 

"Em vez de lamentar que a África descumprirá os ODM, deveríamos comemorar as mudanças genuínas que ocorreram na vida de milhões de pobres", afirmou em comunicado o diretor da Campanha do Milênio da ONU, Salil Shetty.

 

Shetty ressaltou que este relatório demonstra que a determinação das autoridades dos países pobres, junto à colaboração de seus cidadãos e a ajuda ao desenvolvimento, tem benefícios "tangíveis".

 

O diretor da Campanha do Milênio pediu aos líderes mundiais que se reunirão nos próximos dias 25 e 26 no Canadá para que mantenham seus compromissos em relação à ajuda oficial ao desenvolvimento, já que resultados estão sendo obtidos.

 

Segundo o relatório, os africanos Benin, Mali, Etiópia, Gâmbia e Malauí lideram a lista de países que conseguiram maiores avanços em "termos absolutos" na erradicação da pobreza, na qual também se encontram Honduras, Nicarágua e Guatemala, assim como Índia, Vietnã e Bangladesh.

 

Os autores do estudo consideram que medir o progresso em termos absolutos de acordo com a realidade de cada país, em vez de em relação às metas globais estabelecidas nos ODM, oferece um "panorama mais completo".

 

Nesse sentido, asseguram que as maiores reduções nas taxas de mortalidade infantil ocorreram exatamente nas áreas onde se registram os níveis mais altos, como a África subsaariana e o sul da Ásia.

 

Os responsáveis pela elaboração do relatório também destacaram que, apesar do atraso na meta de reduzir a mortalidade materna, pelo menos 80 países registraram melhoras consideráveis neste ponto.


Foto: (EFE)

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