Economia e Negócios

Número de novas vagas de emprego é pequeno na Serra Catarinense

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Jessica Canani, 18, conquistou seu primeiro emprego formal em 2018 no comércio lageano - Foto: Camila Paes

Pela primeira vez em quatro anos, o Brasil encerrou 2018 com saldo positivo de empregos formais. Foram geradas 529,5 mil vagas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Esse foi o primeiro saldo positivo desde 2014, quando houve geração de 420,6 mil empregos formais.

Nos meses de setembro, outubro e novembro de 2018, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Esta foi a oitava queda mensal seguida do desemprego no país, o que influencia os resultados apresentados pelo Caged no começo deste ano.

Em termos de contingente, o desemprego ainda atinge 12,2 milhões de brasileiros, uma redução de 3,9% (queda de 501 mil pessoas) na comparação com o trimestre anterior, e de 2,9% (menos 364 mil pessoas) em relação ao mesmo período de 2017.

Segundo dados divulgados sobre as contratações no último ano, o setor que mais gerou saldo de contratações de empregos formais foi o de serviços, com 398,6 mil; seguido pelo comércio, com 102 mil. A administração pública registrou saldo negativo (4,19 mil).

São Paulo foi o estado que mais gerou empregos (146,6 mil), seguido por Minas Gerais (81,9 mil) e Santa Catarina (41,7 mil). Os maiores saldos negativos foram Mato Grosso do Sul (-3,1 mil), Acre (-961) e Roraima (397).

Região

Na Serra Catarinense, os números são parecidos com os gerados nacionalmente. Em Lages, por exemplo, o setor que mais contratou foi o do comércio. Num período de 12 meses, foram 4.105 contratações e 4.065 demissões.

Isso gera uma variação de 43 novas vagas. O diretor-executivo da Câmara dos Dirigentes Lojistas, Jhonathan Silva, explica que empresas já consolidadas não foram as geradoras dessas vagas, mas sim as novas que chegaram à cidade. Ele analisa 2018 como um ano difícil, devido à greve dos caminhoneiros e o período eleitoral. Por isso, para 2019, espera-se que a questão econômica seja melhor e, assim, o crescimento do setor.

Serviço

No setor de serviços, que se destacou nacionalmente, em Lages foram 198 postos de trabalho que deixaram de existir, como mostram os dados do Caged. Das 5.851 pessoas que foram demitidas neste ramo, foram contratadas 5.653.

Construção Civil

Na construção civil, foram realizadas 991 admissões e 879 demissões. Com isso, 112 vagas foram abertas no setor. O presidente do Sindicato da Construção Civil de Lages, Alzir Prandi, revela que o ano de 2018 foi difícil para a maioria das empresas, principalmente, devido à carga tributária. Além disso, o setor depende muito que a economia esteja bem. “A obra é a primeira coisa que para”, acrescenta. Para 2019, segundo Alzir, a expectativa é que haja melhora.

Agropecuária

em Lages, a variação nesse setor foi de menos 55 novos postos de emprego. Durante o ano, foram 912 admissões e 967 desligamentos. Para o presidente da Associação Rural de Lages, Márcio Pamplona, este é um setor que emprega e gera renda para a economia da cidade.

“Os empregos gerados, nada mais são do que o produtor acreditar e investir no seu negócio, fazer render mais e colocar pessoas cada vez mais qualificadas trabalhando. São funcionários de alta qualificação e boa remuneração,” diz Pamplona. Seguindo o fluxo nacional, o setor da administração pública também deixou a desejar. Foram apenas duas contratações e duas demissões.

Correia Pinto gerou mais postos de emprego

Analisando os dados gerais dos quatro maiores municípios da Serra, Correia Pinto foi a cidade que mais gerou novos postos de emprego. Isto é reflexo da chegada de novas empresas ao município. Até o fim de 2018, duas novas grandes madeireiras foram inauguradas e outra foi ampliada. Isso pode ser a razão para a geração de 50 novas vagas.

Já São Joaquim registrou saldo negativo. Em todos os setores, o saldo de admissões foi de 4.713 e o de desligamentos foi de 4.795. Isso resultou em menos 82 vagas. Em Otacílio Costa, foram 41 aberturas de oportunidades de trabalho e em Lages, o saldo foi de apenas 20, levando-se em consideração a diferença entre a admissão e o desligamento em todos os setores cadastrados no Caged.

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