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Morre professor indígena, depois de ser espancado, em Penha

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Foto: Arquivo Pessoal/ Divulgação

O professor Marcondes Nambla, 37 anos, indígena Laklãnõ/Xobleng, morreu no hospital, depois de ser encontrado desacordado na Avenida Eugênio Krause, no centro de Penha na madrugada da última segunda-feira (1º). Ele apresentava diversos ferimentos, principalmente na cabeça. Chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu e faleceu no fim da tarde de terça (2).

Segundo o Corpo de Bombeiros, ele foi encontrado deitado no meio da rua, por volta das 5h30, com um ferimento profundo na cabeça, sangramento no ouvido e suspeita de traumatismo craniano. Testemunhas relataram que Nambla teria sido agredido. Além disso, teria sido atropelado também, pois havia sinais de pneus de carro por cima do corpo.

O professor foi levado ao Pronto Atendimento de Penha, mas devido a gravidade foi encaminhado ao Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, onde ficou na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Parentes registraram o boletim de ocorrência, mas, até agora, uma investigação não foi instaurada.

Repercussão

A comissão Nhemonguetá, organização tradicional de Caciques e lideranças do povo indígena Guarani do litoral de Santa Catarina e Paraná, postou uma nota falando da brutalidade que o professor sofreu e em solidariedade ao povo xokleng. “É triste e revoltante que esse tipo de ataques contra indígena que vem acontecendo no Estado se torne normal e invisibilizado. E até agora não ter um culpado e ninguém punido por essas crueldades. Povo Guaraní presta sua solidariedade ao povo laklano xokleng”.

Natural de Rio do Sul, formado na primeira turma de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Nambla estaria realizando um trabalho temporário na praia quando sofreu as agressões.

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