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Medicina alternativa no Tributo

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Walmor usou ervas e curou-se de uma úlcera - Foto: Bega Godóy

Um relógio biológico do corpo humano de plantas medicinais implantado na Unidade de Saúde do Bairro Tributo, em Lages, ganhou notoriedade ao integrar conhecimento entre profissionais e comunidade. E, nesta sexta-feira, em Florianópolis, mais um grande passo será dado durante o II Simpósio Internacional de Promoção da Saúde: Diálogo com os Determinantes Sociais em diversos cenários. O encontro é promovido pelo Laboratório de Pesquisa em Enfermagem e Promoção da Saúde (Lapeps), do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC, onde o projeto será apresentado.

“Um conhecimento chinês que indica a hora ideal que se deve tomar as ervas e, por isso, contempla os 12 orgãos e também a pele”, explica o técnico agrícola Walmor Ghislandi, produtor do horto. No canteiro tem plantas bioativas e orientações medicinais para o fígado, pulmão, intestino grosso, estômago, baço, coração, intestino delgado, bexiga, rins, circulação, sistema digestivo e vesícula biliar.

A horta foi implantada em fevereiro de 2016 e, desde então, a manutenção (limpeza, colheita, rega, replantio) é realizada por grupos de trabalho que organizam e fomentam o projeto, e são compostos por profissionais da equipe técnica, agentes comunitários de saúde, usuários da comunidade e Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Os grupos são responsáveis por estimular a comunidade a participar das atividades da horta, que são ações contínuas e agregam a rotina dos grupos da Unidade da Saúde da Família (USF) junto à área de abrangência. Na horta, são encontradas ervas originárias da região serrana; e outras espécies que se adaptaram. No futuro, serão desenvolvidas pomadas e cremes, segundo Walmor.

>Oficinas_ Além das atividades envolvendo profissionais e comunidade no plantio de plantas medicinais, há a inserção da oficina “Hora do Chá!” nos encontros dos Grupos de Educação em Saúde de Atividade Física e Terapia Comunitária. A “Hora do Chá!” acontece na última segunda-feira e é destinada a reunir profissionais de saúde e de outras áreas que têm desenvolvido a prática profissional numa perspectiva interdisciplinar no campo do ensino, pesquisa, e extensão, e relacionados à promoção da saúde e determinantes sociais. Reúne estudantes de cursos de graduação e pós-graduação em saúde, ou vinculados a projetos de iniciação científica.

Lages precisa de um horto

Walmor tem esperança de que o projeto se expanda para outras comunidades. Para ele, Lages precisa construir um horto de plantas medicinais com local para processar o que é colhido, para que os médicos do SUS possam receitar. Tem que ser ervas que estejam na lista das 71 aprovadas pela Anvisa para uso na medicina brasileira. Ele também quer que a comunidade aprendam a fazer e consumir os chás corretamente.

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