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Milhares de manifestantes se reúnem na 6ª greve geral do ano na Grécia

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Atenas, 29/06/2010, (EFE)

Milhares de pessoas protestaram nesta terça-feira em Atenas e Salônica, na sexta greve geral deste ano convocada na Grécia contra a política de austeridade do Governo grego para controlar a dívida pública do país.

 

A Polícia interveio em Atenas com gás lacrimogêneo para dispersar as centenas de manifestantes, que causaram distúrbios perto do Parlamento grego.

 

As brigadas antidistúrbios enfrentaram vários grupos anarquistas que atacaram alguns dos manifestantes e depois os policiais, em uma zona próxima a hotéis luxuosos no centro da capital grega.

 

Cerca de 400 destes manifestantes se dirigiram depois para a Universidade de Atenas, perto do Parlamento, onde atiraram pedras, incendiaram latas de lixo e montaram barricadas.

 

Segundo a Polícia, aproximadamente 11 mil pessoas foram aos protestos nesta terça-feira, enquanto os sindicatos, consultados pela Agência Efe, afirmaram que o número chegou a 70 mil.

 

Em Salônica, a segunda maior cidade da Grécia, ao norte do país, cerca de 9 mil manifestantes paralisaram o transporte urbano e enfrentaram a Polícia em incidentes isolados.

 

Segundo os sindicalistas, está sendo estudada a possibilidade de convocar uma nova jornada de protestos no início de julho, quando o projeto de lei que eleva a idade para se aposentar, reduz as pensões e facilita a demissão será tramitado no Parlamento.

 

O partido governamental socialista conta com a maioria absoluta necessária na Câmara para aprovar as leis.

 

Os protestos causaram problemas no tráfego marítimo e ferroviário, deixando milhares de turistas sem poder viajar para seus destinos finais.

 

Das 20 barcas que sairiam do porto ateniense de Pireus em direção às ilhas gregas apenas sete conseguiram partir, outras quatro foram canceladas, enquanto o restante sofreu atrasados pelas manifestações de cerca de 500 marinheiros.

 

Fontes do Ministério do Turismo da Grécia disseram à Efe que o recente anúncio de um possível reembolso das despesas por parte do Estado aos viajantes que foram impossibilitados de viajar devido a greves ou a desastres naturais ainda não está em vigor.

 

Os hospitais públicos funcionaram apenas para serviços mínimos e também foram registrada mobilizações nos bancos.

 

O transporte ferroviário para destinos próximos foi totalmente cancelado até a 01h (horário de Brasília) de amanhã.

 

Os ônibus e o metrô de Atenas também reduziram seus horários de funcionamento, mas mantiveram seus serviços para facilitar o acesso dos grevistas às manifestações.

 

Spiros Papaspiros, presidente do sindicato majoritário de funcionários (Adedy), estimou, em declarações à Efe, que a greve contou com a participação de 80% do funcionalismo público.

 

Mas os comerciantes do centro da capital e nos bairros optaram, em sua maioria, por abrir suas lojas, devido à queda de vendas como consequência da crise econômica.

 

Jornalistas e técnicos dos meios de comunicação também participaram da greve e o país passou hoje por um novo blecaute de informação.

 

Já os voos internacionais funcionaram normalmente, apesar de alguns cancelamentos de voos domésticos devido à greve de parte dos funcionários em terra das companhias aéreas.

Foto: (EFE)

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