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Merisio cumpriu agenda do segundo turno em Lages

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Merisio fez uma breve passagem por Lages, onde permaneceu por cerca de 45 minutos na Acil - Foto: Camila Paes

Candidato ao Governo do Estado de Santa Catarina, Gelson Merisio cumpriu agenda em Lages na manhã de terça-feira (16). Em uma breve passagem pela cidade, chegou de avião fretado, próximo às 10 horas, participou de uma reunião na Associação Empresarial de Lages (Acil) e, às 11h15, voltou para o Aeroporto Federal Antônio Correia Pinto de Macedo, de onde embarcou para outro compromisso em Chapecó, que aconteceria ao meio-dia.

Merisio foi recebido por correligionários, dentre eles os prefeitos de Lages e Otacílio Costa, Antonio Ceron e Antonio Carlos Xavier; além de simpatizantes e empresários ligados aos núcleos da Acil. Com o cansaço aparente, Merisio cumprimentou cordialmente os presentes, atendeu à imprensa e logo se dirigiu para a sala onde participou de uma sabatina promovida pelo Fórum das Entidades.

Ao todo, respondeu a seis perguntas, previamente elaboradas, e apresentadas por representantes da Acil, Câmara dos Dirigentes Lojistas de Lages (CDL) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os questionamentos abordaram temas como educação, obras e investimentos, agroindústria e o Aeroporto Regional do Planalto Serrano, localizado em Correia Pinto.

Sobre o aeroporto do município vizinho, Merisio declarou que o empreendimento só terá viabilidade se aderir ao serviço de cargas. “Um aeroporto de cargas é o ideal pela localização geográfica. É um dos caminhos para dar viabilidade econômica e sustentar voos [comerciais] que permitam ir pra São Paulo ou Porto Alegre. Mas esta é uma visão superficial, que carece de estudo aprofundado. Primeiro tem que terminar a obra e depois dar a condição de se manter economicamente viável”, afirma.

O candidato também assinou um termo elaborado pelo Fórum das Entidades, no qual se compromete, caso eleito, em atender a algumas exigências, tais como trabalhar pelos interesses da Serra, seu crescimento e desenvolvimento; pela otimização dos recursos públicos e diminuição da burocracia; pela busca de novos investimentos públicos e privados; e pela utilização de mais lageanos e serranos para compor seu governo; dentre outros.

Sobre a participação de mais lageanos e serranos em seu governo, Merisio declarou que não será possível atender ao pedido, especialmente por causa de um dos seus motes de campanha: a redução de custos.

Antes que o mestre de cerimônias fizesse o encerramento oficial, Merisio desculpou-se e avisou que precisaria sair para o aeroporto e deslocar-se a Chapecó. Após, saiu rapidamente, sem conversar com ninguém. Sabatinas e termos de compromisso semelhantes foram apresentados aos candidatos Mauro Mariani e Carlos Moisés, durante o primeiro turno. A Expectativa do Fórum das entidades é que Moisés volte à região e passe por nova sabatina, agora, como candidato do segundo turno.

Entrevista

Qual sua estratégia de campanha para estes poucos dias que faltam para o segundo turno?

São poucos dias, mas muito intensos, temos quase uma eleição inteira. No primeiro turno foram 15 programas de televisão, agora são 13, dos quais ainda restam 10. Há muito tempo pela frente. E, agora, começamos fazendo um comparativo efetivo dos candidatos. Por exemplo, o Bolsonaro, que é o candidato à presidente da República que eu apoio. Ele tem sete mandatos e experiência, sabe o que e onde precisa ser feito. Eu também tenho esta experiência, também tenho disposição para romper com o modelo, e é com esta experiência que eu quero fazer um bom trabalho por Santa Catarina.

O candidato Jair Bolsonaro foi o mais votado no estado, porém, tem um alto índice de rejeição. O senhor acha que isso pode interferir nas eleições para a presidência? Como isso pode interferir na eleição em Santa Catarina?

Ele fez 65% dos votos de Santa Catarina. Eu fiz 31% [dos votos] e o Moisés fez 29%. Portanto, [Bolsonaro] fez a nossa votação somada. Agora, temos aqueles que não votaram no primeiro turno pra mim ou pro Moisés, que serão decisivos nas eleições. É com esses eleitores que eu quero conversar, mostrando que o preparo, que a qualificação, são fundamentais. O Rio Grande do Sul já se aventurou com a inexperiência de pessoas despreparadas e sem a qualificação necessária, sem a experiência necessária pra gerir uma máquina tão difícil quanto é o Estado. Deu no que deu, atrasou salários, não cumpriu compromissos e permitiu que o desgoverno chegasse. Nós, aqui, temos que usar o melhor para o Brasil, que eu acredito que seja o Bolsonaro; e o Melhor para Santa Catarina, onde eu espero, com a minha experiência, poder contribuir.

A Serra Catarinense é uma das regiões mais deprimidas do Estado. Que planos o senhor tem para ajudar a reverter essa situação e melhorar a situação econômica dessa região?

A Serra é uma das quatro [regiões] mais deprimidas, como o Extremo-Sul, o Planalto Norte e uma parte do Extremo-Oeste. E essas regiões precisam do governo. De que forma? Construindo uma política de investimento diferenciada de infraestrutura. Também uma política diferenciada da questão tributária, com tributação que permita competitividade e se permita, por um período de 10 anos, estabelecer uma nova matriz econômica, uma nova matriz industrial e, a partir disso, ter equilíbrio econômico. Estas regiões, como a Serra, precisam, efetivamente, do governo, um governo preparado, qualificado e que dê respostas rápidas ao cidadão.

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