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Marcos de Souza (Rede) candidato a deputado estadual

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Foto: Marcela Ramos

Correio Lageano: O senhor foi candidato a vereador por Lages e não se elegeu. Acredita que pode conseguir os votos necessários para se eleger deputado?

Marcos de Souza: Na época em que saí candidato a vereador, em 2012, foi a primeira experiência. Ficou evidente que uma candidatura a vereador é bastante difícil, são mais de 200 candidatos e acaba se tornado mais difícil do que uma candidatura a deputado. Acredito que consigo atingir os votos necessários porque sou o único candidato da Rede Sustentabilidade que representa a Serra, o Planalto, o Meio-Oeste e o Oeste Catarinense, são mais de 500 mil votos. Santa Catarina tem quase 5 milhões de votos, a Amures (Associação dos Municípios da Região Serrana), com os 18 municípios, tem, aproximadamente, 230 mil votos. Para eleger um deputado estadual, conforme a legenda, com 10 mil ou 12 mil, temos chance de nos elegermos. Partidos maiores são 30 mil a 35 mil votos. Há essa possibilidade e, por isso, estamos  ‘botando nossa cara à tapa’, colocando as nossas propostas junto ao eleitorado, para que a gente consiga renovar a política. Acho que essa eleição será oportuna para isso. Sabemos que não é fácil, a caminhada é longa e árdua. Mas o Planalto Serrano e a Serra Catarinense têm uma oportunidade única de eleger de três a quatro deputados. Somos basicamente 11 candidatos aqui da Serra, envolvendo 18 municípios da Amures. Desses, temos quatro que são vereadores, que foram eleitos para um papel local, não concluíram nem dois anos de mandato e já se lançaram a outro cargo. Com todo o respeito aos vereadores, e que me desculpem, dos 11 candidatos, tirando os quatro, sobram sete, se os eleitores da região apostarem nos três ou quatro melhores, não tenho dúvidas que temos grande chance de sermos deputado estadual. A região precisa de representatividade, nosso governador (lageano) não teremos mais, precisaremos  ter força na Assembleia Legislativa, nossa região precisa muito. O Planalto Serrano é a região que apresenta os menores índices de desenvolvimento humano e de retorno de serviços na área da saúde, educação, turismo e meio ambiente. Uma série de questões que o eleitor catarinense e da Serra têm de prestar atenção nesses candidatos que estão em melhores condições de representá-los.

O Rede Sustentabilidade é um partido essencialmente defensor de causas ambientais. Aqui para a Serra, que tipo de projeto o senhor teria para as questões ambientais e sobre a agricultura familiar?

Tenho uma assessora especial, que é biológica, formada e com mestrado, que com certeza vai estar à frente desses projetos na área do meio ambiente e da educação ambiental. Na nossa região, temos de investir forte no ecoturismo e no turismo. Santa Catarina possui belezas naturais que encantam visitantes do mundo inteiro. Temos recebido visitantes do mundo inteiro. Temos cachoeiras lindas, rios e florestas de araucárias. É uma indústria limpa que não conseguimos capitalizar. É preciso investir nessa área e dar oportunidade para quem tem conhecimento técnico para desenvolver projetos. Nossa região tem potencial. Temos em vista o ICMS ecológico que é uma realidade no Paraná e queremos trazer para Santa Catarina. A ideia é descontar imposto de produtores que têm, no seu sítio, cachoeiras, mananciais e florestas que precisam ser preservadas e que podem receber subsídios do governo, temos de ver a questão tributária, se há recursos para isso. No Paraná já é uma realidade desde a década de 90, por que Santa Catarina não?

Se o senhor já estivesse na assembleia, neste ano, dentre os projetos que passaram por lá, quais destacaria como importantes?

Quero atuar forte na área da saúde, da educação, do esporte e do meio ambiente. Temos um ex-prefeito, o deputado estadual doutor Fernando Coruja, que é um exemplo, pois tem atuado forte na saúde, que está um caos. É um absurdo que não tenhamos médicos especialistas para atender ao nosso povo. Santa Catarina pede socorro na área da saúde. Tenho observado que nos últimos anos o trabalho e a liderança do Coruja, na saúde e na educação é muito importante. Cito a transparência para as pessoas saberem qual a ordem das cirurgias e dos exames, isso nem deveria existir porque saúde é um direito. Temos de parar de dar tanta isenção fiscal que, segundo falam, chega a seis bilhões de reais por ano, em Santa Catarina, para grandes empresários, e não temos dinheiro para investir na saúde. Não temos dinheiro para contratar médicos especialistas para trabalhar nas unidades de saúde ou num pronto socorro. Para mim, isso não tem negociação e não vejo nenhum representante, exceto o Coruja, no Estado inteiro, falando disso. A educação, nem se fala, é das piores do Brasil. As escolas estão sem estrutura, professores desmotivados, sem valorização. Cadê a tecnologia e os equipamentos para melhorar a qualidade da educação? Tenho formação em educação física e administração, há mais de 15 anos trabalho no serviço público. Sou professor universitário e sei da realidade dos municípios e sei da realidade da educação. Há mais de cinco anos, trabalho na saúde, conheço o sistema. Vamos bater de frente com as grandes corporações. Dessa forma que pretendo atuar na Assembleia Legislativa.

O senhor nunca foi eleito para um cargo público. Por que acredita que os eleitores devem votar no senhor?

Fui candidato a vereador em 2012 e não me elegi. Alguns que se acham especialistas, mas não são, tentam dizer que não tenho estrutura para uma candidatura a deputado estadual, mas a minha maior estrutura é a união com o povo. Se o povo quiser, vai me colocar lá como deputado, essa é a maior estrutura. Tenho certeza que como representante da região tenho condições de surpreender. Preciso do teu apoio para divulgar a minha candidatura. Daqui a Chapecó, passa de um milhão de votos. Será que não tenho condições de me eleger? Sei que vou ter de caminhar firme, daqui até o dia 7 de outubro. Se o povo, e se Deus quiser, vou sair vencedor. Não adianta querer mudança se você não mudar.

O Correio Lageano publica uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal dos municípios da Serra Catarinense. Essas entrevistas acontecem sempre às quintas-feiras às 10h30 e às 14h30, ao vivo, pelo Facebook, no #CLentrevista nas Eleições. A conversa é republicada todos os sábados, também.

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