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Maçã impulsiona geração de emprego na Serra

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Colheita da maçã em Bom Retiro contribuiu para o número de vagas geradas na Serra - Foto: Suzani Rovaris

A exemplo do Brasil e de Santa Catarina, a Serra Catarinense também apresentou saldo positivo na geração de empregos no mês de fevereiro deste ano. Foram criados 1.443 novos postos de trabalho e, em grande parte, esse resultado se deve a produção de maçãs, que envolve dois mil fruticultores, que se utilizam de 12.146 hectares para produzir quase 500 mil toneladas.

Os municípios de São Joaquim, com 717 novos postos e Bom Retiro, com 107 vagas foram os destaques na geração de empregos na região. Os dois são grandes produtores de maçãs. O presidente da Associação dos Produtores de Maçã e Pêra de Santa Catarina (Amap), Rogério Pereira, disse que o número de contratados poderia ser maior, mas como esse ano a safra da maçã foi inferior a do ano passado, a contratação reduziu. “O número, pode-se dizer que reduziu pela metade pois a produção foi bem menor”.

Lages colaborou com a criação de empregos, em especial no comércio, foi o segundo município que mais criou vagas na região com um saldo de 150 novos postos de trabalho. Como são temporárias, as contratações no setor de fruticultura devem ter um impacto negativo nos próximos meses, quando iniciarem as demissões.

Com 16.344 vagas, Santa Catarina teve o segundo melhor desempenho na criação de empregos com carteira assinada do país em fevereiro. Perdeu apenas para São Paulo.

No acumulado de 2018, a economia catarinense criou 34 mil postos de trabalho, dos quais 20,2 mil na indústria. Os municípios que mais abriram vagas foram Joinville e Blumenau, ambos com 2,9 mil postos, seguidos por Jaraguá do Sul (1,5 mil).

“Se compararmos os resultados do bimestre com igual período ao longo dos últimos oito anos, veremos que apenas em 2014 houve desempenho ligeiramente superior, com criação de 20,7 mil vagas na indústria de transformação”, chama atenção o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) Glauco José Côrte.

Em fevereiro, dentre os segmentos industriais catarinenses, se sobressai o têxtil e do vestuário, que criou 3,8 mil novos postos de trabalho, além de alimentos e bebidas (1,6 mil vagas). O saldo de 20,2 mil vagas na indústria de transformação estadual é menor apenas que o observado pelo setor em São Paulo (29,1 mil).

Resultado nacional

O Brasil registrou a criação de 61.188 novas vagas com carteira assinada em fevereiro de 2018, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. O resultado é o melhor para o mês desde 2014, quando foram criadas 260.823 vagas. Em fevereiro de 2017, foram criados 35.612 postos de trabalho.