Geral

Lula e Al-Assad discutirão conflito no Oriente Médio

Published

em

Brasília, 29/06/2010, (EFE)

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá na quarta-feira seu colega sírio, Bashar al-Assad, com quem abordará, entre outros assuntos, o conflito no Oriente Médio, no qual o Brasil tenta exercer um ativo papel mediador.

 


Al-Assad chegará a Brasília procedente de Cuba, segunda escala de sua primeira viagem pela América Latina, que também incluiu uma visita à Venezuela e que será concluída na próxima sexta-feira na Argentina.

 


Segundo o próprio líder sírio, em entrevista ao "Estadão", um dos assuntos principais da reunião será o conflito no Oriente Médio e o papel do Brasil como "negociador ativo" no processo de pacificação.

 


"Enxergamos o Brasil como uma potência emergente no cenário internacional", declarou Al-Assad, que disse crer que o Governo Lula pode ajudar a "estabilizar" o Oriente Médio e colaborar para a abertura de novos espaços para o diálogo com Israel.

 


Al-Assad citou como exemplo o acordo conseguido pelo Brasil e Turquia, rejeitado depois pelas grandes potências, para a troca de urânio iraniano pouco enriquecido por combustível nuclear, que em sua opinião ainda pode servir como base para negociações com Teerã.

 


Segundo o presidente sírio, o Brasil é um país com "credibilidade" e "pode ajudar" a propiciar um amplo diálogo no Oriente Médio.

 


Lula se empenhou pessoalmente em fazer o Brasil participar como "ator ativo" no processo de pacificação do Oriente Médio e se ofereceu como "mediador confiável" aos Governos de Israel e Irã, assim como à Autoridade Nacional Palestina (ANP).

 


Fontes oficiais do país disseram que Lula e Al-Assad abordarão diversos assuntos da relação bilateral, com ênfase na troca comercial, que no ano passado alcançou a soma de US$ 307 milhões, com a balança inclinada quase totalmente em favor do Brasil.

 


Além disso, no marco do encontro entre os líderes, serão assinados acordos de cooperação nas áreas jurídica, de educação e saúde.

 

Foto: (EFE)

clique para comentar

Deixe uma resposta