Eleições

Leonel Camasão (PSOL), candidato ao Governo de Santa Catarina

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Foto: Divulgação

Correio Lageano: O Senhor promete cortar privilégios. Mas sendo um partido pequeno e que não deve ter maioria na Assembleia, como garante que conseguirá fazer isso?

Leonel Camasão: A primeira coisa que é preciso dizer é que não sabemos qual vai ser o resultado das eleições do dia 7 de outubro, podemos ter maioria ou podemos ter minoria, isso ainda não está dado, é uma decisão do povo catarinense. Se tivermos minoria na Assembleia vamos mobilizar a sociedade civil, recorrer a mecanismos de consulta popular, plebiscitos, referendos e consultas pela internet para que as pessoas se posicionem. Aquilo que for bom para Santa Catarina, acredito que os deputados independentemente do partido, vão apoiar, a não ser que caiam em uma pequena política e na politicagem. Vamos fazer e temos a coragem para combater a corrupção e os privilégios do nosso Estado. Contaremos com a sociedade civil, com a imprensa, associações, sindicatos, e as pessoas como um todo, por que acredito que o corte de privilégios é praticamente um consenso na sociedade. Mobilizamos as pessoas para governarem junto conosco, seja por qualquer um desses mecanismos de participação popular.  

O senhor é um candidato que critica muito os partidos que governaram SC pelos últimos 16 anos. Este é o seu objetivo enquanto candidato, mostrar os erros das administrações passadas?

O meu objetivo enquanto candidato a governador de Santa Catarina é apresentar soluções que atendam aos interesses da maioria dos catarinenses e não acredito em um tipo de governo para todos. Para governar é preciso escolher lado e nós escolhemos o lado da maioria do povo catarinense. Para fazer os projetos que são necessários, precisamos combater a corrupção e os privilégios da classe política e do Judiciário, para que tenha dinheiro para aquilo que realmente interessa. Fazer uma avaliação do atual governo é necessário, porque não partimos do zero, há uma história, há uma gestão que ocorreu nos últimos 16 anos e que está entregando Santa Catarina num estágio de deterioração muito grande, então não se trata de só criticar os outros governos, mas é preciso informar as pessoas qual a verdadeira situação do nosso Estado, porque a propaganda eleitoral dos candidatos de sempre, aceita qualquer discurso, nem sempre a verdade.

O senhor já se atualizou sobre a situação financeira e da estrutura do governo do Estado?

Com toda certeza, se vocês observarem as entrevistas e a nossa participação nos debates, vão ver que estamos muito atualizados sobre a situação financeira do Estado e do caos que é o legado do atual governo nas contas públicas, em especial, pela falta de pulso firme na cobrança da sonegação fiscal que está na ordem de R$ 14 bilhões, mas também nos benefícios fiscais que são dados de maneira absolutamente secreta, sem transparência e aos ‘amigos do rei’. Vamos rever esses processos para recuperar a capacidade financeira do Estado, para que tenhamos dinheiro para o que realmente importa, que são os investimentos em saúde, educação, segurança, assistência social e demais áreas.  

Por que o senhor acha que deve ser eleito?

Primeiro que não acho que devo ser eleito, acredito no diálogo de ideias e estou me colocando à disposição para ser governador de Santa Catarina, se assim o povo catarinense entender. Estou a disposição para fazer o debate de ideias, de mostrar os nosso projetos para Santa Catarina, da onde vamos tirar o dinheiro para fazer as nossas propostas para que tenhamos um governo que atenda a necessidade do nosso povo. Não dá mais para a gente viver da maneira que a gente está vivendo, com um governo que precariza a educação, a saúde, a segurança entre troca dos interesses de uma minoria. Por isso que quero ser governador do nosso Estado.

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