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Lages segue livre da dengue. Caso confirmado é importado

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Morador explica que sempre cuida para que os pneus não acumulem água - Foto: Patrícia Vieira

Em Santa Catarina, Itapema é a cidade com o maior número de pessoas infectadas com o vírus da dengue. Nos últimos cinco meses, foram 135 casos, de acordo com o boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive/SC), na semana passada.

A Secretaria de Saúde de Lages confirmou, na segunda-feira (13), o primeiro caso de dengue no município. A infecção é considerada importada, já que a pessoa mora em Lages, mas contraiu a doença fora da cidade.  

O vírus foi contraído em Itapema, como explica a gerente da Vigilância Epidemiológica de Lages, Sumaya Furtado Pucci. “O paciente, de 35 anos, viajou para Itapema e quando retornou à cidade de Lages, apresentou os sintomas da dengue. Exames confirmaram a doença. Ele recebeu todo o atendimento, conforme os protocolos do Ministério da Saúde. Este é um caso isolado.

Vale reforçar que Lages não tem registros de focos do mosquito Aedes aegypt, causador de doenças como Dengue, Chikungunya e Zika Vírus”, afirma Sumaya.

O programa da dengue realizou a visita na casa do homem, que não teve o nome revelado. Além disso, foram distribuídas as armadilhas próximo à residência do paciente.

O trabalho de prevenção aos focos do mosquito contribuem para que a cidade fique livre do transmissor da doença. Ao todo, são em torno de 600 armadilhas, além das vistorias frequentes em possíveis pontos de proliferação do mosquito.

Além disso, a recomendação é para combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Assim como faz o morador do Bairro Novo Milênio, Edson Tives, que tem todo o cuidado com os pneus que guarda para um amigo fazer vasos para jardins. “Tenho muito cuidado para não acumular água”, afirma.

Em Santa Catarina foram confirmado 442 casos

No período de 30 de dezembro de 2018 a 4 de maio de 2019, foram identificados 15.595 focos do mosquito Aedes aegypti em 175 municípios catarinenses. O número subiu, comparado ao mesmo período de 2018, quando foram identificados 9.627 focos em 145  municípios, com um aumento de 62%, segundo boletim divulgado pela Dive.

Ainda nesse período, foram notificados 2.850 casos de dengue em Santa Catarina. Destes, foram confirmados 442 casos. Sendo que 82 estão inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada); 1.403 foram descartados por apresentarem resultado negativo e 923 estão sob investigação pelos municípios.

A Dive informa que do total de casos confirmados até agora, 374 são autóctones (quando ocorre a transmissão dentro do Estado), 42 casos são importados (transmissão fora do Estado). Outros 15 casos estão em investigação de Local Provável de Infecção (LPI) e 11 são indeterminados, pois não foi possível definir o LPI. Em comparação com o último boletim, houve a confirmação de 91 casos autóctones e 5 casos importados.

Sintomas

  • Febre alta > 38.5ºC
  • Dores musculares intensas
  • Dor ao movimentar os olhos
  • Mal estar
  • Falta de apetite
  • Dor de cabeça
  • Manchas vermelhas no corpo

Orientações

  • Evite usar pratos nos vasos de plantas
  • Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo
  • Mantenha lixeiras tampadas
  • Deixe os depósitos de água sempre vedados
  • Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana
  • Mantenha ralos fechados e desentupidos
  • Lave com escova os potes de comida e de água dos animais no mínimo uma vez por semana
  • Retire a água acumulada em lajes
  • Mantenha fechada a tampa do vaso sanitário
  • Evite acumular entulho
  • Caso apresente sintomas de dengue, chikungunya ou zika vírus, procure uma unidade de saúde

Fonte: Dive/SC

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