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Lages não receberá novos agentes

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Lages, 24  de maio/2010 – Correio Lageano – A Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa do Cidadão, formou semana passada 400 novos agentes penitenciários. E nenhum será enviado para reforçar a unidade penal de Lages.
O pedido do diretor do Presídio Regional, Edson Pereira Alves, era de quatro agentes prisionais. Mas nenhum será deslocado para a unidade penal de Lages. Uma nova agente prisional passou a fazer parte do quadro semana passada. Mas foi graças a um mandado de segurança, porque a agente ficou esquecida e deveria ter sido chamada há alguns meses pela ordem de classificação no concurso realizado em 2008.
“Ela obteve direito retroativo, porque ficou esquecida na chamada. Para nós é bem vinda, porque precisamos de reforço na segurança do presídio, já que nossa população está sempre aumentando”, justificou Edson Alves.
O pedido do diretor junto  ao comando da Secretaria de Segurança Pública e a Secretaria de Justiça e Cidania foi ignorado. “Havia um compromisso com as regiões Norte e Sul do estado e os novos agentes irão para estas regiões”, revela o diretor do presídio. Com apenas 17 agentes prisionais, Edson Alves faz um revezamento e intercala os agentes com Policiais Militares.
Dos três PMs da reserva, um é motorista e outro faz até escala de plantão, como se fosse agente prisional. Na segurança externa conta com mais três PMs na guarita. Como os agentes prisionais fazem escala de 24 horas de trabalho por 72 de descanso,  dois agentes estão sempre no plantão.
O que chama a atenção é que, o número total de agentes prisionais de Lages corresponde ao número de agentes prisionais que trabalham por dia na Penitenciária de Curitibanos. E enquanto no Presídio de Lages estão 420 detentos, na penitenciária não chega a 600 condenados.
“Se fosse para uma comparação mais justa, deveria ter em Lages pelo menos o dobro de agentes que há hoje”, comenta o diretor do presídio. E para otimizar o conhecimento da nova contratada, Edson Alves vai usar a agente prisional no setor admistrativo. É que diariamente têm de ser revistas situações de diversos presos e são apenas três que fazem esse trabalho.
No discurso do governador, semana passada ficou evidenciado que a segurança pública é uma das prioridades. Leonel Pavan destacou que em 2003 o número de agentes era de 600, hoje o Estado conta com 1.800 agentes penitenciários no Estado. “Nosso objetivo não é somente o presente, mas também a preparação do futuro, porque os governos passam, mas as necessidades continuam. Por isso governar é também atuar com responsabilidade e visão de futuro”, declarou diante dos novos agentes prisionais.


Repórter: Onéris Lopes/Foto:Daniele Melo

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