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Governo divulga acordo, mas categoria não reconhece proposta e mantém a greve

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Foto: Susana Küster

Atualizado final às 23h01 (24/05)

Depois de uma reunião de sete horas, governo e associações que representam caminhoneiros teriam chegado a um acordo. A greve, que já dura quatro dias, poderá ser suspensa por 15 dias. A notícia foi anunciada há pouco, em entrevista coletiva com Eliseu Padilha, Eduardo Guardia e Carlos Marun.

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, garantiu a redução de 10% no preço do diesel. O preço ficará fixo por 30 dias (os últimos 15 dias arcados pela União). A primeira quinzena custaria cerca de R$ 350 milhões a Petrobras como compensação. O ministro diz que o preço de referência é o da refinaria.

Contraponto

O movimento, por sua vez, ainda não vai suspender a greve. De acordo com um dos caminhoneiros, Auri Correia, não há concordância com o que foi acertado em Brasília. Eles dizem que a redução de 10% não vale a pena e pode tornar ainda mais caro o combustível. Se depender deles, a greve continua.

Auri ainda destaca que as alegações ditas nessa coletiva são falsas e que a pessoa que assinou esse acordo com o governo não faz parte do movimento dos caminhoneiros. Ele ainda esclarece que a manifestação vai continuar até aceitarem completamente as reivindicações da categoria, que é a redução total dos impostos.

Os pontos do acordo entre governo e caminhoneiros seriam os citados abaixo, mas que não são reconhecidos pela categoria

  • Preço do diesel será reduzido em 10% e ficará fixo por 30 dias. O valor ficará fixo em R$ 2,10 nas refinarias pelo período
  • Os custos da primeira quinzena com a redução, estimados em $ 350 milhões, serão arcados pela Petrobras. As despesas dos 15 dias restantes ficarão com a União como compensação para a petrolífera.
  • A cada 30 dias, o preço do combustível será ajustado conforme a política de preços da Petrobras e fixado por mais um mês.
  • Não haverá reoneração da folha de pagamento do setor de cargas
  • Tabela de frete será reeditada a cada três meses
  • Ações judiciais contrárias ao movimento serão extintas
  • Multas aplicadas aos caminhoneiros em decorrência da paralisação serão negociadas
  • Entidades e governo terão reuniões períodicas
  • Petrobras irá contratar caminhoneiros autônomos como terceirizados para prestação de serviços

 

*Título atualizado