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Gelson Merisio (PSD), candidato ao Governo de Santa Catarina

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Foto: Marcela Ramos

Cabeça de chapa da coligação Aqui é Trabalho, Gelson Merisio (PSD) tem quase três décadas de via pública. Foi vereador de Xanxerê, já atuou como secretário de estado do Desenvolvimento Econômico, da Agricultura e da Casa Civil e foi deputado estadual por quatro mandatos. Foi presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc) por cinco anos.

Sua coligação é a maior deste pleito, composta por 15 partidos. Além do PSD, integram a chapa PRB, PDT, PSB, PODEMOS, Solidariedade, PROS, PSC, PC do B, PHS, PP, DEM, PRP, PPL e PV. O candidato à vice é João Paulo Kleinubing (DEM).

Durante a entrevista, declarou abertamente que, apesar de ter em sua coligação cinco candidatos à Presidência da República (PDT, PODEMOS e PPL para presidente, e PV e PC do B com vices), apoia Jair Bolsonaro, candidato pelo PSL.

O seu partido faz parte do Governo há 16 anos, mas o senhor, enquanto candidato, já se inteirou da situação econômica, financeira e também da estrutura de governo do Estado?

Eu presidi a Assembleia Legislativa por cinco anos, nesses cinco anos nós ajudamos a promover reformas importantes, que viabilizaram o Estado a não aumentar impostos e não atrasar salários, enquanto nós estivemos no comando do Estado. E portanto, eu conheço com propriedade as dificuldades, as oportunidades e as virtudes que nós temos em Santa Catarina para podermos fazer um governo qualificado.

A sua coligação reúne 15 partidos e todos deverão, evidentemente, lutar por espaço no governo, inclusive indicando nomes para ocupar cargos. Se eleito, como o senhor vai acomodar todos estes apoiadores?

Falando a verdade na campanha, como estou fazendo. Desde a primeira reunião com os aliados, ficou claro que acabaria a geografia das urnas, que não teremos loteamento de governo, até porque não teremos cargos pra fazer. Dos 1.400 cargos, nós vamos extinguir 1.200 e os 200 remanescentes serão compostos por técnicos, até porque são muito poucas pessoas para um estado tão grande como o nosso. Não haverá indicação política nem de parlamentar, nem de partido político. Haverão pessoas do meio político, pessoas que disputaram a eleição, que farão parte por competência e por preparo, mas não mais do que 200 cargos comissionados. Portanto não há o que se falar em loteamento.

O senhor tem dito que vai extinguir as ADRs? Como os aliados da coligação vêem esta questão?

Quem está junto comigo, está junto comigo há mais de um ano e meio e faz mais de dois anos que eu defendo duas coisas: primeiro o rompimento com o MDB, segundo a extinção das regionais e o que elas representam. Portanto, se estão comigo, concordam com a tese que está sendo defendida na eleição e será feita no dia 1º de janeiro.

No plano nacional, alguns dos partidos de sua coligação possuem candidatos à Presidência da República. Tanto que, o Ciro Gomes, quando esteve em Lages, falou da relação do PDT com o PSD. Mas na sua campanha o senhor não tem falado em candidato ao governo federal. É uma estratégia de campanha pela situação de polarização nacional?

É ao contrário. Na verdade nós tínhamos até aqui, uma posição de neutralidade exatamente por termos cinco partidos que têm candidato a presidente na nossa chapa. No entanto, o afunilamento que está acontecendo, em função do quadro nacional, está nos levando também a anteciparmos uma posição. Está muito claro que de um lado do rio estará o PT com Haddad, e do outro lado o Bolsonaro. E nesse quadro, eu serei Bolsonaro, porque entendo que nós não podemos voltar pra trás e termos o PT de volta no governo, porque seria muito ruim para o Brasil. Se as opções são essas já no primeiro turno, não há porque esperar o segundo pra ter uma definição.

Por que o senhor acredita que tem que ser eleito governador?

Não acredito que eu tenho que ser eleito, eu acredito que eu sou uma boa opção ao catarinense que quer uma pessoa do interior, com vontade de trabalhar, com conhecimento dos dois lados do balcão, do setor público e do setor privado. Com uma capacidade de tomar decisões difíceis, como fiz na Assembleia, cortando privilégios e reduzindo custos, e fazendo o bem para as pessoas, que é a missão de quem exerce uma função pública. Por isso, espero poder contar com a compreensão do lageano, do serrano, do interiorano, porque é assim que eu me considero.

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