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Gabriel Ribeiro (PSD) candidato a deputado estadual

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Foto: Marcela Ramos

O Correio Lageano publica, a partir deste fim de semana, uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal dos municípios da Serra Catarinense. Essas entrevistas acontecem sempre às quintas-feiras às 10h30min e às 14h30min, ao vivo pelo Facebook, no CL Entrevista nas Eleições.

Correio Lageano: O senhor ficou quatro anos como deputado estadual. Por que acha que deve ficar mais quatro anos?

Gabriel Ribeiro: Me preparei para ser candidato a deputado há quatro anos, trabalhei na Assembleia Legislativa, tive a oportunidade de ser secretário Regional (Agência de Desenvolvimento Regional), conheci as demandas da região e, ao longo do meu mandato (2014 a 2018), pude aprender, também, como funcionam as coisas na Assembleia e colocar em prática as ações e as demandas da região. Foi um mandato que foquei em ações voltadas à economia, à cultura e à educação, como o Colégio Militar que teve resultado efetivo para Lages; e a Fábrica de Gaiteiros do Renato Borghetti. Conseguimos viabilizar para a região o Helicóptero Águia que tem participação efetiva na Segurança Pública. Em ações legislativas, com a Lei do Queijo Serrano, que beneficia a produção artesanal, típica da região Serrana, beneficiando, assim, a agricultura familiar. Trabalhei no fortalecimento da transparência e da moralidade pública. Tem uma lei de minha autoria em vigor em Santa Catarina, que determina que todas as licitações públicas do Governo do Estado sejam transmitidas pela Internet, disponibilizadas pelo prazo de cinco anos no Portal Transparência. Temos um projeto de lei que cria o sistema compliance, visando ao combate da corrupção e ao desperdício de dinheiro público com os funcionários do Estado. Buscamos, dessa maneira, ter um trabalho bastante voltado para a transparência e a moralidade pública, voltado para a região serrana de Santa Catarina e, com esse conhecimento, posso fazer mais nos próximos quatro anos, dando sequência a esses projetos e a tantos outros em benefício da sociedade catarinense.

No Brasil, há um descontentamento com a classe política em função dos privilégios, especialmente do Legislativo, o senhor já fez ou pretende fazer algum projeto para diminuir esses privilégios?

Na Assembleia Legislativa, nos últimos quatro anos, cortamos muitos privilégios e benefícios. Fizemos economia de 100 milhões de reais, criamos um fundo estadual de apoio aos hospitais filantrópicos, utilizamos esse valor para acabar com a fila das cirurgias eletivas em Santa Catarina. Tivemos uma atitude corajosa de acabar com a aposentadoria dos ex-governadores e outras ações importantes, com a extinção de órgãos públicos que não tinham mais razão de ser e nem necessidade, que só existiam para abrigar cargos comissionados. A sociedade não aceita mais esses privilégios, temos de acabar com o distanciamento, aproximar a classe política do cidadão.

O senhor tem pretensões em ser prefeito de Lages? Quem votar no senhor que garantia tem que vai cumprir o mandato de quatro anos?

Essa pergunta, fizeram há quatro anos quando me candidatei. Eu sou lageano, minha família mora aqui, amo essa terra e pude nos últimos quatro anos ajudar bastante a região serrana. Todo mandato a gente entra com o compromisso de cumpri-lo, mas é claro que, ao longo do mandato podem ocorrer situações em que a gente possa ser chamado para uma missão muito maior. Espero cumprir mandato e poder contribuir para o desenvolvimento de toda a nossa cidade e região.

Por que os eleitores devem confiar o voto no senhor?

Eu busco, através da transparência, fazer minha atuação parlamentar na Assembleia. A proximidade com as pessoas também foi minha marca. Tivemos o gabinete itinerante, uma oportunidade para visitar todos os municípios da região e vários bairros de Lages. Uma das marcas deste gabinete é que tínhamos dois microfones, um que ficava comigo e outros com a população. As pessoas falavam as demandas, uma equipe anotava e levava para a Assembleia. A partir disso, surgiram até leis estaduais. Eu acredito que a gente pode fazer coisas importantes com o mandato. Tenho grande conhecimento de como funcionam as atividades dentro da Assembleia Legislativa, conheço as pessoas que lá estão. Acho que o segundo mandato será muito mais forte, com mais presença para a Serra. Vamos defender as boas práticas da política dentro da Assembleia.

Me sinto preparado e confiante no que estou fazendo e como posso contribuir para a nossa região. Vamos buscar a eficiência da máquina pública. Temos de acabar com os desperdícios, de ter um órgão que não atende à necessidade do cidadão comum. No meu mandato, fiz uma moção de repúdio ao presidente [Michel] Temer em razão do baixo percentual de retorno dos impostos federais para os catarinenses. De cada 100 reais dos impostos federais, retornam apenas 18 reais, um dos piores índices do Brasil. O tratamento que temos de Brasília é de desrespeito e de discriminação. Essa bandeira, apresentei por meio de uma moção de repúdio, foi aprovada pelos parlamentares e encaminhada à Presidência da República. Depois desse movimento, os deputados federais se alertaram, uma nova postura do Governo Federal acabou sendo adotada com Santa Catarina.