Geral

Famílias descobrem em qual casa irão morar, no condomínio Ponte Grande

Published

em

Sorteio foi para as 150 famílias que foram até o teatro - Fotos: Susana Küster

Um sorteio na noite desta quarta-feira (16), realizado pela Caixa Econômica Federal e Secretaria de Assistência Social, no Teatro Marajoara, definiu qual casa será ocupada por cada uma das 150 famílias, que irão morar no Condomínio Ponte Grande, que foi construído no Bairro Várzea.

Os idosos e pessoas com deficiência tiveram prioridade no sorteio e na última terça-feira (15), todos tiveram a oportunidade de conhecer o empreendimento. Desde 2014, a maioria está vivendo de aluguel, pago pela prefeitura e outras continuam em suas casas. A mudança delas foi necessária, porque estavam morando em áreas irregulares e no trecho em que a obra do Complexo Ponte Grande está sendo executada.

O condomínio possui 200 casas, porém, nesta quarta, 150 famílias participaram do sorteio, sendo que 120 moravam no trecho do Complexo Ponte Grande e 30 residiam em área de risco em outros bairros da cidade.

“As outras 50 famílias entraram na justiça, pois não querem sair do local em que moram. Entramos com pedido no Ministério das Cidades para eles liberarem essas 50 casas para pessoas que vivem em área de risco de outros bairros. Porém, se caso alguma família perder o processo na justiça, terá que morar no condomínio”, explica o secretário de Assistência Social e Habitação, Samuel Ramos.

Próximos passos

O evento também serviu para informar a data que cada família poderá visitar sua residência. Segundo informações da assistente social da Secretaria de Assistência Social e Habitação, Ana Paula Ribeiro, antes da entrega, às famílias precisam assinar os contratos com a Caixa Econômica Federal.

De acordo com a coordenadora da gerência de habitação da Caixa, Juliana Sardá, a previsão de conclusão das obras está marcada para junho. Já para a entrega das chaves, o banco depende de liberação do Ministério das Cidades.

Estrutura das residências

A obra que iniciou em maio de 2013, pelo cronograma, deveria ter sido entregue em 18 meses. Os recursos de cerca de R$ 12 milhões, vieram do Fundo de Arrendamento Residencial, do Ministério das Cidades.

Cada uma das 200 casas possui 44 metros quadrados, com dois quartos, sala e cozinha conjugadas e banheiro. Elas são geminadas e com área de terreno de 240 metros quadrados, com a possibilidade de ampliação do imóvel, como construção de garagem e jardim. Algumas não são geminadas, devido ao aproveitamento de terreno e projeto. Todas possuirão sistema de aquecimento solar para chuveiro e torneiras.

A obra

Os trabalhos no Complexo Ponte Grande tiveram início em julho de 2013. A avenida interligará 13 bairros de Lages, desde a Avenida 31 de Março, no Guarujá, até a Rua Cirilo Vieira Ramos, no Bairro Caça e Tiro. O investimento total previsto no Complexo inicialmente era de R$ 57,2 milhões, com recursos do Governo Federal.

O planejamento era de que seriam quatro pistas de rolamento, duas de cada lado do rio. O vice-prefeito, Juliano Polese, afirma que a obra precisou ser alterada. Devido a morosidade dos trabalhos, o dinheiro não foi suficiente e foi preciso alterar para duas pistas. “Será feito somente um lado da avenida, o que fica do lado do Bairro Caravaggio”, explica Polese.

Mesmo assim, o complexo vai melhorar o esgotamento sanitário da cidade, minimizar os problemas de enchentes e criar uma nova alternativa de trânsito ligando as regiões leste e central.

Juliana e família aguardam pela casa própria com ansiedade

Sonho da casa própria prestes a acontecer

Janaína Carvalho da Silva, 30 anos, estava grávida de dois meses da sua filha Ana Clara, quando um alagamento atingiu a casa em que morava no Bairro Universitário. Ela, a filha e o esposo, Patrick André da Silva, estão felizes com a data da mudança para o Condomínio Ponte Grande estar próxima. Hoje eles moram de aluguel social, mas querem ter sua casa própria, nem que o espaço seja menor.

Patrick lembra que fazem seis anos que moram de aluguel e diz que nos últimos dois anos, ligou quase todo dia na Secretaria de Assistência Social e Habitação. “Queria saber quando o condomínio estaria pronto. A gente morava em terreno invadido e com uma casa de madeira quase caindo, quando chovia, ficávamos com medo”.