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Família espera ajuda para concluir obra de banheiro

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Lages, 1º/07/2010, Correio Lageano

 


Há cinco anos a dona de casa Maria Lúcia do Amaral, de 24 anos, moradora do bairro da Várzea, em Lages, entrou com pedido para a construção de um banheiro em sua casa. A Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa) forneceu os materiais para o início das obras em outubro de 2008 e até hoje não entregou o restante, segundo a Maria Lúcia.

 


A dona de casa, que mora no local com seu filho de 6 anos, conta que quando entrou com o pedido na Semasa, forneceram a ela apenas parte do material necessário. “Quando fui lá pela primeira vez, me deram um vale para comprar parte dos materiais e pediram que eu voltasse após iniciar a obra para pegar outro vale e comparar o restante. Quando voltei, disseram que eu precisava esperar mais porque não tinham verba. Fui lá por diversas vezes e não recebi mais nada”, lembra.

 


Próximo ao seu terreno moram mais três famílias que também não têm banheiro em suas casas. “Nós somos em 12 pessoas que usam o banheiro de uma casa vizinha. Na Semasa eles dizem que não têm dinheiro, mas eu vejo sair banheiros para muitos bairros e até mesmo para vizinhos aqui da Várzea”, conta. Maria Lúcia está desempregada e sobrevive com o auxílio do Bolsa Família e da ajuda dos pais. “Não tenho condições de comprar coisas para terminar meu banheiro”, lamenta.

 


O secretário de Águas e Saneamento, Joel de Oliveira, explica que há dois tipos de fornecimento de banheiros para as famílias carentes. Uma é através de sorteio, quando as famílias escolhidas de diversos bairros recebem as obras completas.

 


Outra é quando a Semasa fornece parte dos materiais necessários para a construção e a família fica responsável por arcar com o restante. “Não é obrigação da Semasa dar banheiros. Isso que fizemos é uma determinação do prefeito, porque havia grande número de famílias sem as mínimas condições de sobrevivência pela falta de saneamento”, explica.

 


Sobre o caso de Maria Lúcia, ele explica que uma equipe da Semasa esteve no local verificando a situação, na tarde de ontem. “Ela faz parte das famílias que receberam parte dos materiais. Se a secretaria tivesse condições, nós forneceríamos o restante, entretanto, não dispomos de verba e por se tratar de ano eleitoral fica mais difícil”, completa.
 

 

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