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Falta de leitos faz com que gestantes sejam transferidas

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Foto: Andressa Ramos

O número de leitos na UTI Neonatal, no Hospital Tereza Ramos, em Lages, não é o suficiente para atender a demanda de pacientes da macrorregião da Serra e Meio Oeste Catarinense. Prova disso foi a transferência de uma gestante de alto-risco para um hospital em Tubarão, na manhã de ontem.

A gestante, de 31 anos, estava internada na maternidade há 19 dias e apresentou perda de líquido e sangramento. Depois de uma avaliação médica, foi constatado que a mulher precisava passar por uma cirurgia e o bebê deveria ser encaminhado diretamente à UTI.

A sogra da gestante comenta que, de início, sua nora estava fazendo o tratamento para aumentar o líquido. Depois como foi visto o risco de nascimento precoce, duas injeções foram feitas para amadurecer os pulmões do bebê.

Mas, neste período, houve problema de informação. “Eles tinham conseguido uma vaga na UTI, mas de repente a médica não deixou minha nora ser levada para cirurgia”, afirma a sogra. Na segunda-feira (10), informaram que finalmente a paciente faria a cesariana, porém, não foi possível devido à falta de leito na UTI para recém-nascidos (neonatal).

A diretora do hospital, Beatriz Montemezzo, enfatiza que no mesmo dia foi oferecida a possibilidade de fazer a cesariana em Chapecó, já que havia leito para o bebê. Mas a família não quis. A sogra alega que a nora não teria condições, por estar com muita dor, além disso, afirma que não explicaram os motivos desta saída de Lages.

Como os familiares não aceitaram a transferência da gestante para Chapecó, a equipe encontrou leito disponível em Tubarão. Beatriz ressalta que nesta hora a prioridade é a segurança da mãe e do bebê. A gestante foi levada, de Samu, até Bom Jardim da Serra, onde seria conduzida por uma Unidade de Terapia Intensiva até Tubarão.

Mas a falta de leito é uma preocupação da direção do hospital, tanto, que Beatriz explica que além dos seis leitos autorizados pelo Ministério da Saúde, a maternidade opera com mais duas incubadoras.

Já está em processo de aquisição de compra mais quatro leitos para o hospital. Dessa forma, serão 12 leitos operando, o que diminuirá a chance de gestantes de alto risco serem transferidas. Beatriz completa, ainda, que casos como este, são de rotina, há dias em que mães são transferidas para outros hospitais por causa da falta de leitos.

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