A exportação de soja brasileira para a China disparou em 2025, enquanto os Estados Unidos registraram sua menor participação histórica no comércio com o país asiático. A informação é da Federação Americana de Escritórios Agrícolas.
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Decisões chinesas
De acordo com a entidade, que representa milhões de agricultores norte-americanos, a China reduziu drasticamente suas compras do grão dos EUA, adquirindo apenas 5,8 milhões de toneladas entre janeiro e agosto — uma queda de quase 80% em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, o Brasil exportou mais de 77 milhões de toneladas.
A decisão da China está ligada a uma política de diversificação de fornecedores, intensificada desde o início da guerra comercial em 2018. A Argentina também se beneficiou, com aumento das vendas após uma suspensão temporária de impostos.
Outros produtos afetados
Além da soja, produtos como milho, trigo e sorgo deixaram de ser exportados pelos EUA à China neste ano. O impacto é expressivo: o valor total das exportações agrícolas americanas ao país asiático deve cair para US$ 17 bilhões em 2025, com projeção de queda ainda maior no próximo ano.
Para conter as perdas, o governo estadunidense já prepara um novo pacote de ajuda ao setor agrícola. O cenário se agrava com a baixa dos preços internacionais e os custos logísticos elevados, especialmente pelo baixo nível do Rio Mississippi.
Como isso impacta sua vida?
O crescimento das exportações de soja brasileira para a China gera reflexos na economia catarinense, especialmente nas regiões com forte presença agrícola. A tendência pode favorecer investimentos no campo e gerar empregos, mas também pode influenciar o custo de alimentos e combustíveis derivados do agronegócio. Entender essas dinâmicas ajuda você a planejar melhor o seu orçamento e acompanhar os impactos no mercado regional.