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Estudantes da Escola Fausta Rath ampliam sua percepção dos cuidados com o planeta

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Foto: Daniele Mendes de Melo/ PML/ Divulgação

Florestas devastadas, extrativismo desenfreado, expansão do número de espécies da fauna em extinção, acúmulo de materiais em amplo tempo de decomposição, animais mortos pela ingestão de produtos poluidores, esgoto em escoamento no mar, bitucas de cigarro nos canteiros de ruas e avenidas nos semáforos, papel de bala jogado ao vento da janela do carro, descarte incorreto do lixo na rua.

São alguns dos motivos que entristecem biólogos e ambientalistas, mas que deveriam chocar também a sociedade como um todo. Esta é uma das propostas do Mês do Meio Ambiente 2018, com o tema “Pensar no Futuro e Agir Agora”, em que 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente.

Em Lages, na tarde desta terça-feira (12), estudantes do 2º e 5º ano do ensino fundamental (de sete a 11 anos) da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Fausta Rath, no Bairro Vila Mariza, participaram da oficina Inundações e como Prevenir, ministrada por acadêmicas da empresa Projeta Ambiental Jr., do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com abordagens no Centro de Educação Ambiental Ida Schmidt, no Parque Jonas Ramos (Tanque). A capacidade de atendimento é de turmas com até 30 pessoas.

A proteção em relação à água, recurso natural vital, foi o principal assunto, com duração de duas horas, divididas em explicação teórica e dinâmicas de prática, com posterior aplicação no dia a dia. Mata ciliar, ocupações irregulares, resíduos, reciclagem, associação entre poluição e inundação, ciclo da água, cheias e conscientização.

A linguagem é escolhida de acordo com a faixa etária: crianças do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e do 6º ao 9º ano, com estes últimos há visitas em pontos da cidade onde há ocorrências de inundações – trechos do rio Carahá e alguns córregos, na sexta-feira (15 de junho). O trabalho aconteceu antes, pela manhã.

Há dois anos na empresa do CAV, a diretora de projetos da empresa do CAV, Bianca Liebl, cursa a 8ª fase do curso de engenharia ambiental e sanitária, lembra que a Projeta já trabalha junto à Secretaria de Serviços Públicos e Meio Ambiente há alguns anos e em 2018 o enfoque nas atividades de educação voltado à região de Lages em si, sobre inundação, desde as causas e meios de prevenção.

“Para que as criancinhas comecem a ter essa percepção e comecem a pensar nestas atitudes que elas têm desde agora, para evitar estes problemas que temos aqui na região. Muito se fala em educação ambiental, mas muitas vezes não se coloca na prática. Por isto este ano estamos trabalhando com temas regionais, e entrem na sociedade de modo mais efetivo, mais perto da realidade dos estudantes”, justifica Bianca, argumentando, ainda, que em Lages há problemas de áreas de drenagem dos rios por conta das pavimentações asfálticas, sem mata ciliar para o infiltramento da água e assim ela escoa.

“Têm ocupações residenciais em áreas inapropriadas e mais o problema do lixo que entope bueiros, formando poças e inundações. A ideia é tornar as informações acessíveis aos alunos.”

O que é a Projeta?

A Projeta Ambiental Jr. consiste na empresa júnior do curso de engenharia ambiental e sanitária da Udesc. Foi criada em 2013 e presta serviços de consultoria na área ambiental e possui uma equipe formada por estudantes. Atividades de licenciamento ambiental, captação da água da chuva, plano de gerenciamento de resíduos sólidos e educação ambiental estão no hall de atividades.

Mudança de hábito gritante

A bióloga da Secretaria do Meio Ambiente, Michelle Pelozato, explica que as crianças e adolescentes são o principal alvo do Mês do Meio Ambiente. “Porque a gente entende ser uma geração que vai conseguir fazer a diferença.

E como existe a disciplina de Educação para a Sustentabilidade na rede municipal de ensino e está trabalhando o tema bem forte nas escolas, nós sempre levamos atividades e os alunos as abraçam.

A gente traz os pequenos para a programação para que cresçam já com esta consciência de preservação.” Mais escolas serão contempladas com estas oficinas, cujo seguimento será até a próxima semana.

“Nesta linha da Projeta as oficinas são na terça e na sexta, pela manhã e tarde, durante duas semanas e outras atividades são paralelas, como a exposição fotográficas dos catadores de recicláveis no Centro Cultural Vidal Ramos – Sesc, também para turmas da rede municipal, além das palestras que vão até as instituições de ensino, sobre proteção animal e o Projeto Lixo Orgânico Zero. Portanto, a programação do Mês do Meio Ambiente é extensa e diária em distintos espaços, incluindo visitas ao Parque Natural Municipal João José Teodoro da Costa Neto (Parnamul)”, observa Michelle.

Deve-se ultrapassar mil alunos envolvidos em toda a agenda. “Temos uma posição bem positivista e apostamos nossas fichas na sensibilização da comunidade. É bem mais do que fechar a torneira ao escovar os dentes, um banho menos demorado, jogar o lixo na lixeira da cor correta. É um exercício cotidiano e grandioso para se obter um ambiente equilibrado e ter saúde”, espera Michelle.