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Entrevista com Marcius Machado

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Foto: Marcela Ramos

Correio Lageano: Qual a sua avaliação a respeito desses quase três meses dentro da Assembleia Legislativa de Santa Catarina?

Marcius Machado: Minha avaliação dentro desses quase três meses, é uma atividade intensa de ações que nós tivemos. São 40 deputados, e  o único da Serra Catarinense, sou eu. É como se fosse 39 contra um, então eu tenho que fazer um trabalho diferenciado.

Estou determinado e focado, porque as demandas são grandes, e existem questões que ainda estão pautadas, mas precisam ser remodeladas, como por exemplo as leis, a infraestrutura da região serrana e a infraestrutura educacionais. Foi feito um ranking dos 40 melhores deputados e eu fiquei entre os três melhores, tenho orgulho disso.

Uma parte dos servidores estaduais recebem  auxílio gasolina, resultando num custo muito grande no orçamento do estado. Qual é a situação a respeito disso?

Eu recebi uma denúncia na internet, dizendo que supostamente mais de 600 servidores recebem aproximadamente cinco mil reais de auxílio combustível. Então eu fiz o pedido de informação e encaminhei ao governo do estado, e como resposta nós tivemos 471 servidores que recebem aproximadamente cinco mil reais, que totaliza ao ano mais de 21 milhões de reais. Tem pessoas que trabalham em casa e recebem o auxílio, tem servidores que não dirigem e recebem auxílio.

A partir desse momento, a cobrança para o governo do estado, é que seja feita uma reanálise desse tipo de benefício e que as pessoas recebam por exemplo: o uber.

Isso me assustou, pois estamos em situação de calamidade em certas regiões, esse dinheiro do auxílio, causou um prejuízo nos cofres públicos. São mais de 27 milhões ao ano, é muito dinheiro, espero que o governador tenha um atitude mais firme e mais rígida em relação a isso, e que venha honrar esse mais de 70% do povo catarinense que acreditou nele.

E sobre a sua proposta de trazer a capital de Santa Catarina para Lages?

Eu não apresentei nenhum projeto na Assembleia ainda, eu apenas fiz uma enquete na internet. Segundo o terceiro artigo da constituição do estado, que diz que no ano de 1993 nós teríamos um plebiscito, para que o povo decidisse se a capital que está em Florianópolis seria transferida para Curitibanos.

 E não teve uma lei complementar após isso, que regulamentaria este artigo terceiro. Ou seja este artigo está inerte. Pensando dessa maneira, fiz a enquete, pois em vez de Curitibanos, trazer para Lages, a nossa terra, pois aqui tem mais estrutura.

Temos o Hospital Tereza Ramos, onde foi investido mais de 100 milhões, temos dois aeroportos, um em Lages e outro em Correia Pinto, temos o maior território. É possível trazer sim, pois você interioriza a capital, trazendo desenvolvimento e riqueza.

Florianópolis está insustentável e caótica, ela não é pré estruturada para isso. A ideia é, nenhum prédio administrativo seria construído em Florianópolis e sim aqui em Lages. O projeto é para daqui 40 anos, não agora. Só com a ponte Hercílio Luz, foram gastos mais de 700 milhões, a reforma das duas pontes de acesso, foram mais de 31 milhões, então por que não trazer a capital para Lages?

Quais são os seus projetos para a Serra?

Aqui é o meu foco, hoje. Minha proposta é o Porto Seco, que é uma aduana, para importação e exportação, pois grande parte da  exportação está indo para os portos molhados, Itajaí, Imbituba.

Outro é o Ceasa, que é a distribuição de alimento, só tem três em Santa Catarina, nós trazendo aqui para a Serra, abasteceria a Serra e o grande Oeste e parte do Rio Grande do Sul.

Sobre a infraestrutura, o objetivo é terminar as obras rodovia 390 que liga Anita Garibaldi com Celso Ramos, a rodovia 370 que liga Rio Rufino a Urubici, terminar o caminho das neves, pois tudo isso vai trazer desenvolvimento.

Colaborou: Marcela Ramos

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