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Fabian Nerbass (Novo), candidato a deputado federal

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Foto: Divulgação

O Correio Lageano publica uma série de entrevistas com os candidatos a deputado estadual e federal dos municípios da Serra Catarinense. Essas entrevistas acontecem sempre às quintas-feiras às 10h30 e às 14h30, ao vivo, pelo Facebook, no CL Entrevista nas Eleições 2018.

Correio Lageano: Há o surgimento de um movimento de demonização dos políticos, especialmente pelo seu partido, o NOVO. O senhor acha que é positivo as pessoas falarem mal dos políticos ou um candidato dizer que não é político?

Fabian Nerbass É verdade. Veja bem, em primeiro lugar, eu acho que essa demonização, digamos assim, ou aversão das população à classe política, é claro que existem exceções à regra, é culpa do comportamento, infelizmente, dos próprios políticos. Isso não vem sendo feito especificamente pelo partido NOVO ou por um determinado movimento social. Acho que os políticos, infelizmente, eu costumo dizer que a nossa classe política pisou muito na bola, em questões de roubalheira, desvio de verba, malversação, mamatas, privilégios. Nossa população não aguenta mais isso, não aguenta mais ver aquilo que a gente lê quase que diariamente quando abre o Correio Lageano, por exemplo. Então, na verdade, a aversão à classe política vem deles próprios, desse comportamento. E foi isso que motivou o surgimento do partido NOVO, um partido que saiu do seio da sociedade. Nós não temos políticos profissionais dentro do partido NOVO, por isso, é um partido hostil ao político profissional. Temos algumas diferenças que tornam o nosso partido hostil, por exemplo, nós limitamos o número de reeleições.Pelo NOVO, alguém só pode se reeleger uma única vez. O nosso partido não usa fundo eleitoral, nem fundo partidário, não temos milhões disponíveis para fazer campanha ou coisa parecida, porque acreditamos que esse dinheiro precisa estar na saúde, na educação, na segurança pública. O nosso partido separa gestão pública de gestão partidária. Quem se elege a deputado federal não pode ser presidente do partido, por exemplo. Os políticos não gostam disso, porque eles não conseguem mandar no partido. Então, o nosso partido virou um partido hostil e, por isso, não temos políticos profissionais, o político profissional não se interessa em entrar no partido novo. E a nossa proposta é essa, trazer para dentro da política pessoas que nunca estiveram lá pra ver se a gente consegue, realmente, uma renovação, se consegue mudar essa sistemática do mecanismo político que tem hoje e ninguém aguenta mais. Então, respondendo francamente, eu não acho boa a demonização dos políticos em si, eu gostaria que isso não precisasse ser necessário, gostaria que estivéssemos todos nós aqui elogiando a nossa classe política e que o país estivesse muito bem, mas, infelizmente, não é o que acontece. Então, por conta disso, eu acho que o que nós não podemos confundir é demonização, ou seja, aversão à pessoa do político profissional, à atividade política. Isso que eu acho, realmente, bastante ruim. Mas da outra parte, eu acho que faz parte do comportamento dos próprios políticos, que trouxeram essa aversão a nós.

Além de estar se candidatando por um partido que nasceu há pouco tempo, o senhor nunca foi candidato a um cargo eletivo. Acredita que está preparado para assumir uma vaga na Câmara dos eputados?

Acredito que sim. Eu tenho 41 anos de idade, sou advogado há 18 anos atuando como advogado corporativo, tenho pós-graduação em Direito Processual Avançado; MBA em Direito da Economia da Empresa pela FGV do Rio de Janeiro; MBA em Gestão de Negócios pela FGV de São Paulo. Eu atuei por grandes multinacionais durante estes meus 18 anos de advocacia corporativa, estava em São Paulo, atuando em uma das maiores empresas do Brasil, no departamento jurídico, durante quatro anos. Cheguei ao ápice da minha carreira como advogado corporativo, tenho três filhos, sou casado, me sinto, com certeza, apto a desempenhar essa função; e passei por um processo seletivo. O partido NOVO é o único partido que faz processo de seleção para a escolha de candidatos. Foram sete meses de processo seletivo, análise de currículo, entrevistas, provas de alinhamento partidário ideológico e um curso que todos os candidatos do partido NOVO fizeram para aprender o funcionamento efetivo da Câmara dos Deputados. Nenhum partido faz isso, escolha de candidato por processo seletivo. Só o NOVO faz.

Se o senhor já fosse deputado na atual legislatura, que projetos destacaria como importantes e que foram votados?

Um dos mais importantes de todos, na minha opinião, é o da Reforma Trabalhista. Eu achei até que ela avançou muito pouco, poderia ter avançado muito mais, mas já foi um grande avanço. Teria votado, com certeza a favor da reforma trabalhista. Ela propicia a geração de empregos, eu acho que melhorou a relação de trabalho, especialmente entre empregador e empregado. Facilitando a negociação. Diminuindo um pouco aquele poderio dos sindicatos, especialmente com relação ao imposto sindical. Outra matéria que, infelizmente, não foi votada, mas acho de interesse nacional e que precisamos discutir, é a Reforma da Previdência Social. Eu acho que é um tema muito importante, palpitante, que o governo acabou retirando da pauta, não quis ser discutido, mas que precisamos trazer de volta para a pauta. É de interesse da sociedade e precisamos, sem dúvida, discutir esse tipo de projeto. As reformas para a Nação são o que de mais importante a gente tem hoje.

Por que acha que os eleitores devem votar no senhor?

Isso eu gostaria de falar com você que está me ouvindo. Se você, assim como eu, acredita que não é com os políticos atuais que vamos conseguir fazer as mudanças que Brasil precisa, que Santa Catarina e Lages tanto precisam. Foi por isso que eu me candidatei, por não acreditar mais neles. Se você, assim como eu, acha que precisamos renovar, que precisamos de gente nova na Câmara dos Deputados. Se você, assim como eu, está desiludido com a política e talvez não esteja querendo nem votar, não faça isso, vote. O não-voto faz facilita a permanência dos políticos atuais nos seus cargos. O voto nulo ajuda eles a ficarem. Se você quer protestar de verdade, vote em alguém que nunca esteve antes na Câmara dos Deputados, e eu me coloco à disposição para ser o deputado do fim dos privilégios. Um dos meus primeiros atos, no primeiro dia de mandato, vai ser abrir mão de todos os auxílios, regalias, verbas, auxílio moradia, auxílio paletó, carro oficial. Vou atuar apenas com o salário, não vou atuar com mais de 20 assessores, não podemos achar normal que um deputado federal tenha mais de 25 assessores, ganhando todos acima de R$ 10 mil. A gente não pode achar normal que a Câmara dos Deputados custe R$ 29 milhões por dia para o contribuinte. Eu pretendo ser o deputado federal do fim dos privilégios, começando por mim mesmo, abrindo mão de todas essas verbas. Economizando fortemente em verba de gabinete, são R$ 107 mil por mês, pretendo gastar menos de 50% disso, economizando fortemente em cota parlamentar, R$ 40 mil por mês só para passagem aérea, um mandato de um parlamentar não pode custar pra nós perto de R$ 300 mil. São 503 deputados federais. Não podemos mais admitir isso como certo.

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