Um levantamento do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) revelou que 66,5% dos jovens brasileiros que recebiam o Bolsa Família como dependentes em 2012 deixaram o programa até 2024. O estudo analisou 15,5 milhões de crianças e adolescentes, e mostra que boa parte deles conseguiu melhorar de vida — embora ainda haja desafios, especialmente no interior.
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Cerca de 5,2 milhões de jovens ainda permanecem no programa. A permanência está associada à baixa escolaridade, falta de infraestrutura básica e desigualdades estruturais.
Região Sul tem melhores indicadores
A análise revelou que as regiões Sul e Sudeste apresentaram as maiores taxas de desligamento do programa, indicando avanço na renda de muitas famílias. Já o Nordeste e parte da Amazônia Legal ainda concentram altos índices de dependência da rede de proteção.
O estudo aponta que famílias com responsáveis mais escolarizados e com acesso a serviços básicos, como saneamento e boas escolas, apresentaram maior mobilidade.
Cadastro Único também teve queda
Mais da metade dos jovens analisados saiu inclusive do Cadastro Único, sistema que reúne dados de baixa renda no Brasil. A saída sugere aumento real de renda e diminuição da dependência dos programas sociais.
Como isso impacta sua vida?
Os dados reforçam a importância de políticas públicas contínuas, com foco em educação, qualificação e inclusão produtiva. Famílias que contam com infraestrutura básica e acesso a serviços têm mais chances de quebrar o ciclo da pobreza e garantir um futuro melhor aos filhos.