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Deputados alemães elegem novo presidente nesta quarta-feira

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Berlim, 30/06/2010, (EFE)

A Assembleia Federal, formada pelos 622 deputados do Bundestag (Parlamento Alemão) e outros tantos delegados dos 16 estados federados, elege nesta quarta-feira um novo Presidente para a Alemanha após a inesperada renúncia de Horst Köhler como principal líder do país.

 

O democrata-cristão (CDU) Christian Wulff, ainda chefe do Governo da região da Baixa Saxônia e candidato da coalizão governamental, e o independente Joachim Gauck, antigo responsável pela custódia dos arquivos da Stasi, a Polícia política da extinta Alemanha Oriental, disputarão o cargo em votação com um máximo de três turnos.

 

Wulff, um dos barões regionais da chanceler alemã e líder da CDU, Angela Merkel, é quem conta com maior possibilidade de ser eleito perante o fato de os partidos da coalizão contarem com uma teórica maioria de mais de 20 votos na Assembleia Federal.

 

Apesar de tudo, não está descartado que Gauck, candidato proposto pela oposição social-democrata e verde, possa surpreender, perante o fato de haver dissidentes nas fileiras da coalizão governante.

 

O pastor evangélico e antigo dissidente na Alemanha Oriental só teria uma possibilidade real de eleição caso haja um terceiro turno, que é decidido por maioria simples, e se os delegados da formação da Esquerda apoiassem sua candidatura.

 

Sem qualquer possibilidade de escolha estão os outros dois candidatos, a jornalista Lukretia Jochimsen, proposta pela formação da Esquerda, e o cantor ultranacionalista Frank Rennicke, candidato do Partido Nacional-democrata Alemão, que conta com quatro representantes na Assembleia Federal.

 

A chanceler alemã, Angela Merkel, apelou na terça-feira à noite pela última vez aos delegados da coalizão – formada por democratas-cristãos, socialistas-cristãos bávaros e liberais – para apoiarem Wulff e assegurarem sua escolha "como nosso chefe de Estado".

 

A votação que acontecerá no histórico edifício do Reichstag tem caráter decisivo para a coalizão governamental de Merkel, dividida pela polêmica sobre diferentes temas políticos. Uma derrota de seu candidato seria um sério revés que poderia ter graves consequências.


Foto: (EFE)

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