A Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, a COP30, terá pela primeira vez um mascote oficial — e a escolha foi bem brasileira. O Curupira, figura lendária das florestas, com cabelos vermelhos e pés ao contrário, será o rosto simbólico do evento, que acontece de 10 a 21 de novembro em Belém (PA).
Notícias de Lages no seu WhatsApp
Fique por dentro de tudo o que acontece na cidade e região
A iniciativa reforça o papel do Brasil como guardião das florestas e das tradições que há séculos pregam o equilíbrio com a natureza.
Guardião da floresta, da cultura e da memória
Desde a primeira menção registrada em 1560, feita pelo padre José de Anchieta, o Curupira tem sido retratado como defensor da floresta e inimigo de quem a destrói por ganância. Para a COP30, ele se torna um lembrete vivo de que a cultura popular pode (e deve) caminhar junto com a ciência no combate às mudanças climáticas.
Sua aparição em público como mascote ocorreu no desfile da Independência, em setembro, em Brasília.
Símbolos que traduzem o país-sede
A identidade visual de cada COP costuma trazer elementos locais. Na edição anterior, no Azerbaijão, o ícone foi inspirado em flores estilizadas. No Brasil, o folclore virou bandeira. O Curupira é um aceno ao Brasil profundo e à sabedoria dos povos originários.
Como isso impacta sua vida?
Na Serra Catarinense, a pauta climática ganha força, e símbolos como o Curupira ajudam a humanizar essa discussão. Mais do que lenda, ele representa o cuidado com o meio ambiente — algo que começa com atitudes locais, como preservação de nascentes, consumo consciente e educação ambiental.