Uma testemunha ouvida pela “CPI da Infelicidade”, criada na Câmara de Vereadores de Lages para apurar supostos desvios de enfeites do Natal Felicidade de 2016, confirmou o sumiço de materiais. Jhonatan Gabriel Ozório Silveira, funcionário de carreira da prefeitura, trabalha no barracão onde estavam os enfeites natalinos. Ele foi ouvido pela comissão ontem à noite.
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Jhonatan contou que começou a trabalhar no barracão no dia 20 de julho de 2017, e afirmou que parte dos enfeites não estava lá. “Quando estourou essa questão [investigação] no Gaeco [Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado que também apura o caso), não deu tempo de perceber [se faltava materiais no barração], mas algumas coisas estavam faltando”, disse.
Além dele, a CPI também ouviu, nesta quinta , o diretor da Secretaria de Agricultura, Nelson Beretta, citado como sendo o intermediador das negociações dos enfeites natalinos com a Prefeitura de Paulo Frontin (PR), e Márcio Roberto Machado, o “Latino”, servidor da Secretaria de Turismo.
Em depoimento, Berreta confirmou que houve o interesse do prefeito de Paulo Frontin, Sebastião Elias da Silva, nos materiais natalinos de Lages. Entretanto, afirmou que nenhuma decoração foi emprestada ou vendida para a prefeitura desta cidade paranaense. “Ele (o prefeito) acabou fazendo (o brilho de Natal) por conta própria”, declarou
A CPI tem até o dia 14 de março para encerrar os trabalhos, podendo ser prorrogada por mais 60 dias. O relator da comissão, o vereador Lucas Neves (PP) garantiu, porém, que a apuração será concluída dentro prazo. As investigações, explicou ele, estão bem adiantadas.
Até agora, 12 pessoas foram ouvidas. A ideia é interrogar outras sete testemunhas. Ao final das apurações, será emitido um relatório final que será encaminhado ao Ministério Público para as providências.
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