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#CLentrevista o guitarrista lageano, Ariton Farias

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Foto: Núbia Garcia

O guitarrista lageano, de 39 anos, toca em duas bandas, na cidade onde mora, Curitiba. Uma de surf music instrumental, a Shark Shakers e a Mongo de psychobilly. É com a Mongo que vai se apresentar no Go Psycho Festival em Buenos Aires, Argentina.

Correio Lageano: A sua banda vai se apresentar em um festival na Argentina, em agosto, como é esse evento?

Airton Farias: Esse festival se chama Go Psycho e vai acontecer em Bueno Aires, que está tendo uma cena crescente no meio rockabilly e psychobilly. Psychobilly é um estilo bem underground pouco conhecido no Brasil. Eu toco na banda Mongo (Curitiba) e convidaram a gente para participar. É a primeira banda brasileira a participar desse festival.

É responsabilidade ser a primeira banda brasileira no evento?

Dentro desses estilo somos muito despojados e tudo é muito divertido. A responsabilidade na verdade é se divertir e também o público. Não tem muito segredo, fazemos o som nos divertindo e por consequência as pessoas também.

Como você falou o estilo não é muito conhecido no Brasil, o que é o psychobilly?

Surgiu no final dos anos 1970 e início dos anos 1980 e, basicamente, no início era a mistura de rockabilly com punk rock, era como se fosse um rockabilly um pouco mais pesado. As temáticas, para diferenciar do rockabilly, começaram a falar de filme de terror, zumbi e monstros, sempre num tom de comédia.

E o nome da sua banda?

O nosso vocalista, que criou o nome da banda, disse que é reconhecido internacionalmente, pois todo mundo sabe o que é Mongo.

Além desse projeto com a Mongo você tem outros projetos musicais, quais são eles?

Eu toco com uma banda de surf music instrumental, a Shark Shakers,tocamos músicas próprias, versões e vários clássicos de filmes, muito filme B, também do Tarantino, como Pulp Fiction e Kill Bill. As pessoas mais velhas quando vão ao show, sempre comentam: “faz tempo que não ouvia essa”.

Como você sente a receptividade do público para esses trabalhos, um tanto diferentes da cena comercial que estamos acostumados?

Com a banda Mongo nos apresentamos em lugares específicos, geralmente em festivais. Já tocamos em bares que não eram do estilo e percebemos cara de espanto de muitas pessoas. Não é nada muito pesado, mas é incomum. Na formação contamos com um contrabaixo acústico, o que dá um destaque visual bem grande para a apresentação. A primeira impressão que temos de quem não conhece o estilo é que ficam um pouco assustadas, mas depois, acabam gostando.

Você é lageano e mora fora há muito tempo, qual a relação que você mantém com a cidade?

Saí de Lages em 1998 e venho para Lages todo o ano, às vezes, mais de uma vez, porque mãe, irmão, cunhada, primos, e meu afilhado moram aqui. Não perdi o contato, eles vão bastante para lá, mas eu também os visito. Tenho um filho pequeno que adora vir para cá ver a vó e o primo. Estamos sempre por aqui e se surgir um convite podemos tocar aqui também.

 

Edição: Suzane Faita