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Correio Lageano: A senhora fez 84.703 e destes, 35.787 foram em Lages, como foi conseguir esses votos fora do seu reduto eleitoral?

Carmen Zanotto: Essa votação foi o reconhecimento do trabalho realizado na Câmara Federal. Reduzi um pouco os votos em Lages, mas ampliei na Região Serrana e nos demais municípios do Estado. Trabalhei na defesa da saúde, na busca de credenciamento e novos serviços para atender a população e das questões gerais como um todo que não negligenciamos, a questão da infraestrutura, da educação, da assistência social, enfim, foi muito gratificante a caminhada.

Como a senhora avalia essa eleição, que teve muitas surpresas, com candidatos que tinham certeza que seriam eleitos e não foram?

Temos um fenômeno que precisa ser analisado, dizia durante a caminhada, que era uma campanha muito silenciosa. Um dos motivos foi a mudança na legislação eleitoral, mas as pessoas falaram muito pouco do processo eleitoral, sempre muito focadas na questão da presidência da República, sem debater governadores e senadores. E o resultado das urnas precisa ser respeitado, e uma análise mais profunda tem de ser feita, com relação aos que não chegaram e o porquê. Os nomes novos que chegaram são importantes. A bancada de Santa Catarina, independentemente da legenda de cada um, deve trabalhar unida novamente. A união do coletivo de deputados e senadores é que vai fazer a diferença na Câmara. Aumentamos a bancada feminina na Câmara, na representação do nosso Estado e no Congresso Nacional saímos de 10% para 15%.  

A senhora está no terceiro mandato, vai seguir nessa linha de defesa da saúde, como pretende atuar na próxima legislatura?

Já trabalho em várias frentes na Câmara Federal, devo manter a área da saúde, que é um segmento muito frágil ainda. Temos muito para buscar em Brasília, em especial os recursos financeiros, direito das pessoas de Santa Catarina, dos serviços, tantos municipais quanto da Secretaria de Estado da Saúde. Só com o retorno desses recursos que vamos ter mais exames, mais cirurgias e procedimentos para os pacientes. As outras frentes, é claro, não posso negligenciar. Coordeno o Fórum Parlamentar de Santa Catarina, temos uma pauta grande que é a correção do texto legal do traçado o Parque de São Joaquim, toda a infraestrutura, rodovias, ferrovias e aeroportos. Tem uma pauta pessoal que passei a acompanhar, que é o financiamento do programa Minha Casa Minha Vida, que há uma portaria, alteraram novamente, pois tínhamos uma conquista em relação a isso há um tempo atrás, que não permite a construção de casas em ruas não pavimentadas. Fico até o final do ano nessa Frente. E as pautas macros que são: reforma política porque a que tivemos foi inadequada. A questão tributária, precisamos enfrentar e também o pacto federativo, para que tenhamos um país que cresça e se desenvolva garantindo emprego e renda para as pessoas.

Com a sua reeleição como fica o seu projeto de ser prefeita de Lages?

Essa pauta da prefeitura é muito cedo ainda para debater, tenho que focar em Brasília e dar retorno nos próximos anos.

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