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Chape: Da tragédia à volta por cima

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Depois de um ano da tragédia que matou 71 pessoas, o Verdão conseguiu vaga na pré-Libertadores - Foto: Sirli Freitas/Chapecoense/Divulgação

Há cerca de um ano, a Chapecoense perdeu praticamente todos os seus jogadores e parte da comissão técnica em um acidente de avião na Colômbia. Além de comover o mundo, a tragédia trouxe à baila um questionamento: Afinal, a Chape, como ficou carinhosamente conhecida, teria condições de se reerguer? E como seria essa retomada?

Quando se reapresentou no início deste ano, uma das maiores preocupações do Verdão do Oeste era a carência de atletas. Faltava pouco para a estreia no Campeonato Catarinense e a Chape corria contra o tempo para formar o elenco para a temporada.
Sensibilizados com a tragédia, clube brasileiros emprestaram jogadores à Chape e até pediram à CBF para não rebaixá-la por três anos. Mas o clube de Chapecó não aceitou qualquer imunidade, decidiu acreditar em suas próprias forças, mesmo num ambiente marcado pela dor e luto.

O primeiro passo da retomada no Estadual foi quando conquistou o título da temporada diante do Avaí. E por ter sido declarada campeã da Sul-Americana (o título lhe foi dado como homenagem pela Conmebol, após pedido do Atlético Nacional, que seria seu adversário na finalíssima de 2016), também disputou a Copa Libertadores, contudo, por conta da escalação irregular de um jogador, foi eliminada na primeira fase da competição.

Veio o Brasileirão, a maior competição do futebol brasileiro, e muita gente apostava que o clube iria brigar para não cair. Após fechar um primeiro turno ruim, a Chape se recuperou e foi campeã do returno. Dentre os nomes responsáveis por esta recuperação está o técnico Gilson Kleina. Contratado em outubro, o treinador obteve 10 jogos invicto no comando do clube.

A reconstrução da Chape foi coroada no último domingo, quando o clube conseguiu vaga na pré-Libertadores do ano que vem, justamente na semana que completou um ano da tragédia. O triunfo veio após vitória, de virada, por 2 a 1, sobre o Coritiba, para a alegria dos mais de 12 mil torcedores que foram à Arena Condá

Os jogadores comemoram a vaga como se fosse um título. A festa contou com a presença de Jackson Follmann, Neto e Alan Ruschel, sobreviventes da tragédia. Por fim, pode-se dizer que a Chape encerra um ano com o protagonismo de inúmeras personagens que entrarão para a história do clube, assim como os eternos campeões que deixaram saudades.

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