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Carlos Chiodini: Objetivo é facilitar a vida do empreendedor catarinense

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Foto: Vinicius Prado

Deputado estadual licenciado, Carlos Chiodini responde desde 2015 como secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável. Nesta entrevista ao Correio Lageano, ele fala dos programas de incentivo disponíveis aos empresários catarinenses e da procura dos serranos por esses benefícios.

Correio Lageano – O senhor assinou um novo convênio para a manutenção do Órion Parque. Como o senhor analisa o trabalho desta entidade?

Carlos Chiodini – O Programa Catarinense de Inovação prevê a implantação de 13 centros de inovação. Até agora temos somente o de Lages, em 2018 queremos inaugurar outros dois. O Governo do Estado investiu mais de R$ 8 milhões na estrutura e ajuda no custeio do Órion Parque, permitindo a realização, praticamente, diária de eventos, cursos e treinamentos.

E os resultados?
São os melhores. Podemos dizer que o Órion ampliou em 500% as iniciativas inovadoras em Lages. Um exemplo é a Sinapse da inovação, programa do estado que prevê até R$ 80 mil para viabilizar projetos inovadores. São 1.791 projetos em Santa Catarina, destes 135 em Lages, sendo que 26 são estão pré-aprovados. Vale dizer que a indústria de base tecnológica é a que mais cresce no estado e já representa 7% do Produto Interno Bruto (PIB).

A tecnologia pode estar presente em qualquer setor?
A inovação pode estar em qualquer setor. É fazer diferente com melhores resultados, menores custos. Claro que as empresas que são incubadas no Órion, geralmente trazem ideias inéditas.

Como vai funcionar a parceria com a empresa Spin?
A Spin é uma aceleradora de empresas de inovação (startups). Ela fez uma parceria com o Órion Parque e vai apoiar as empresas já constituídas. Depois que a empresa se forma, ela precisa de alguém que a impulsione no mercado. Essa é a função da aceleradora.

Então essa empresa analisa quais são as possibilidades da startup no mercado?
Ela faz uma metodologia de 90 dias. Neste período faz contatos com investidores, aproxima esses investidores dos empresários locais, aproxima os elos para que as coisas deem certo.

A sua secretaria também oferece outros programas?
Sim. Um deles é o Bem Mais Simples. O objetivo é simplificar e desburocratizar a abertura de empresas. A prefeitura de Lages já aderiu. É um benefício principalmente para empresas que não necessitam de laudos ambientais. Isso não quer dizer que não serão fiscalizadas, mas a maioria das atividades não representam risco ao meio ambiente.

Algumas ações são efetivadas em parceria com outras entidades, a exemplo do Juro Zero?
Sim, o governo subsidia os juros em empréstimos concedidos por bancos que atuam no microcrédito. Ele funciona exclusivamente para micro e pequenas empresas. O empresário contrário o empréstimo e se pagar em dia não precisa quitar a última parcela, que representa os juros. Em Lages já fizemos 1.832 operações, com um total de R$ 4,7 milhões.

E para as empresas maiores?
Para elas temos o Prodec. Em 17 operações em Lages liberamos mais de R$ 200 milhões. Para 2018 temos a expectativa de fechar contratos com empresas que estão ampliando ou se instalando.

Diante de tudo isso, a economia está se recuperando?
A perspectiva é muito positiva para Santa Catarina e para a Serra Catarinense. 2017 já marcou essa retomada, mas 2018 e 2019 serão muito melhores. O condomínio empresarial que será instalado em Lages faz parte deste processo. O modelo de condomínio dá muito certo. Além do Governo e da Prefeitura, tem mais o empreendedor puxando, atraindo novos empreendimentos para o município e para a região.

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